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A publicação de um acréscimo no contrato com as empresas de publicidade que prestam serviços para a Prefeitura de Salvador foi motivo de questionamentos entre os servidores municipais da capital baiana. A edição desta sexta-feira (25) traz a prorrogação da relação com as agências Ideia 3, Propeg e Tourinho Publicidade, onde o valor estimado é de R$ 62,5 milhões pela extensão de mais doze meses de vínculo com a administração municipal.

Em negociações da Campanha Salarial 2016, a diretoria do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps) que representa os funcionários públicos apontou uma distorção no discurso do prefeito ACM Neto (DEM). Segundo o coordenador geral da entidade, Everaldo Braga, o gestor não mantém a coerência em sua fala de austeridade nos gastos públicos. “Tivemos apenas três rodadas de negociações e esse prefeito manteve uma postura contundente de não reajustar os salários dos servidores e insiste no percentual de zero porcento para tratar de nossas reivindicações financeiras. Prega uma austeridade que não enxergamos em outras situações. A prova vem neste aditivo nas verbas de publicidade. Serão mais de sessenta e dois milhões para empresários e nenhum centavo para o trabalhador. Bastante incoerente essa conduta gerencial”, pontuou Braga.

Em greve desde o último dia 15, os servidores municipais realizam assembleia na manhã de segunda-feira (28), na Praça da Piedade. A categoria teme que os prazos impeditivos da Lei Eleitoral sejam utilizados pelo prefeito para encerrar as negociações de forma unilateral. “Se não obtivermos qualquer avanço salarial até o próximo dia 02 de abril, não poderemos conseguir a sonhada valorização do nosso trabalho. O que causa maior indignação é que antes do apito final, a gestão faz este polpudo reajuste para as empresas de publicidade que fazem a autopromoção do prefeito e este mesmo decorrer do prazo é utilizado contra nossa pauta de reivindicação”, disse o sindicalista.

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