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Os estudantes que pretendem se preparar para o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) em 2019 ganharam uma boa notícia na última quinta-feira (1º): a Prefeitura vai dobrar para 800 o número de vagas gratuitas em cursos preparatórios para o exame, por meio do projeto Ingressar. Além disso, a iniciativa também será ampliada para quem está cursando o último ano do ensino médio. O anúncio foi feito pelo prefeito ACM Neto, ao lado dos secretários municipais de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), Cristina Argiles, e da Educação (Smed), Bruno Barral, durante realização de aulão pré-Enem no auditório do Subúrbio 360, em Coutos.

“A Prefeitura teve esse ideia de ajudar os jovens mais necessitados a terem um reforço na sua preparação para o Enem, por saber que uma boa nota pode significar o ingresso em uma universidade pública. Isso vai facilitar para esse jovem concluir o ensino universitário e realizar o sonho de ter um diploma do ensino superior. O IngreSSAr, inclusive, foi realizado de forma muito ampla para todos os jovens da cidade, não é necessária vinculação com a rede municipal, que só possui o Ensino Fundamental. É um reconhecimento de que a juventude, acima de tudo, precisa de políticas afirmativas para a educação. Ao oferecer e facilitar o acesso ao ensino superior para jovens mais pobres, estamos cumprindo o papel com o futuro da cidade”, destacou o prefeito.

O aulão foi ministrado por professores dos cursos preparatórios Os Aprovados e Pré-Enem, credenciados pela Prefeitura para o IngreSSAr. Desde julho último, cerca de 400 estudantes em Salvador participam gratuitamente de aulas de preparação para o Enem, através do IngreSSAr. O projeto, promovido pela Prefeitura por meio da SPMJ, é voltado para estudantes de baixa renda. As provas do exame acontecem nos próximos dias 4 e 11.

Ao falar com os alunos presentes no evento, o prefeito relembrou o esforço feito para ingressar no curso de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBa), no fim da década de 1990, e salientou a importância da dedicação aos estudos para alcançarem o objetivo de ingressar no ensino superior. “Agradeço às equipes dos cursos preparatórios por ajudarem nesse trabalho e desejo toda a sorte aos estudantes. Acreditem, confiem que tudo o que fizeram até aqui foi para o próprio bem e que serão recompensados com a realização dos seus sonhos. É a educação que vai fazer a diferença na vida de vocês”, desejou.

Inclusão social e educacional – Promovido pela Prefeitura por meio da SPMJ, o IngreSSAr faz parte das ações de planejamento estratégico da administração municipal. Inédita no município, a medida tem como intuito ampliar o acesso de jovens de 15 a 29 anos da capital baiana em ações afirmativas que assegurem seus direitos de cidadania e fortaleçam sua capacidade de inclusão, garantindo-lhes mais oportunidades no acesso à educação superior.

O perfil dos beneficiados são estudantes residentes em Salvador, pertencentes à rede pública de ensino ou bolsistas integrais da rede particular, integrantes do programa Bolsa Família e com bom desempenho no ensino médio. Foram estabelecidos 5% do total de vagas ofertadas para pessoas com deficiência, 30% para negros e 5% para jovens da Fundação Cidade-Mãe (FCM).

A iniciativa contou com duas fases: seleção dos alunos e credenciamento de instituições para realização das aulas. Nesta primeira edição, em 2018, cerca de 500 inscrições foram realizadas através do site da SPMJ ou presencialmente na sede da pasta, no Centro, mas apenas 356 candidatos foram classificados no critério de seleção. De acordo com a pasta, a procura pela edição 2019 já começou: são registradas, em média, 20 ligações por dia sobre o IngreSSAr.

Aulas – As instituições credenciadas foram os cursos preparatórios Os Aprovados e Pré-Enem, ambos localizados na Avenida ACM. Nesses ambientes, os alunos tiveram acesso à preparação para as áreas de conhecimento de Linguagens, Códigos, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática, exigidas no Enem e trabalhadas durante cinco horas de aula diária. Os alunos ainda puderam aderir a uma carga horária opcional de monitoria. Normalmente, este tipo de preparação custa R$3 mil por estudante, em média.

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