A rede de saúde de Salvador será reforçada com a abertura de novas estruturas para atender à população que necessitar de atendimentos de urgência. Durante a inauguração do Cras Nordeste/Lucaia, nesta sexta-feira (14), o prefeito Bruno Reis anunciou a transformação das Unidades de Saúde da Família (USFs) IAPI, Pirajá, Imbuí e Itapuã em “mini-UPAs”, além da reabertura do gripário Santo Inácio/Pirajá na próxima quinta (20).
“O Ministério da Saúde diz que é necessário uma UPA para cada 300 mil habitantes. A nossa cidade tem dez unidades municipais, mais outras três do Estado, além de cinco PAs (pronto-atendimentos), quatro gripários e, agora, mais quatro unidades que irão virar mini-Upas, totalizando 26 unidades. Ou seja, temos estrutura suficiente para atender à demanda e vazão numa condição normal. Mas, hoje, estamos vivendo uma situação excepcional”, destacou o prefeito.
Ele ressaltou que a maioria dos pacientes à procura das unidades de pronto-atendimento da cidade, atualmente, sofre de problemas vasculares, AVC, infarto e câncer. O aumento desse fluxo, de acordo com Bruno Reis, é fruto de uma demanda reprimida causada pela pandemia.
Além disso, a capital baiana tem assistido, ainda, a uma grande quantidade de pessoas vindas de outras cidades. “Hoje, 78% dos leitos de UTI e enfermaria estão ocupados por pacientes do interior. Nunca fizemos essa distinção. São todos irmãos nossos, baianos, e que têm direito de lutar por suas vidas”, salientou Bruno Reis.
Alerta – O chefe do Executivo municipal alertou para os frequentes aumentos de casos de coronavírus no Brasil e no mundo. Em Salvador, comparou, o fator RT que mede a transmissão viral entre indivíduos nunca esteve tão elevado.
“Mas, graças à vacina e a Deus, a pressão hoje no sistema de saúde é na porta das UPAs. No passado, o problema estava nas UPAs e hospitais de campanha. Naquela ocasião, algumas pessoas ficavam aguardando até 72 horas para serem reguladas. Hoje temos 62% de ocupação de leitos de UTI, e os pacientes que precisam no mesmo dia são regulados para os hospitais”, disse.
A capital baiana registra 99% da população com a primeira dose da vacina contra o coronavírus, 90% dos cidadãos tomaram a segunda e 31% voltaram para receber a aplicação de reforço. “É isso que está permitindo enfrentarmos o vírus e suas variantes, como a ômicron, com segurança maior do que enfrentamos no passado”, destacou Bruno Reis. Ele lembrou que 80% das pessoas que demandam por leitos de UTI e enfermaria não completaram o esquema vacinal.
Vacinação infantil – Um lote com 88 mil doses da vacina Pfizer para imunização das crianças entre 5 a 11 anos contra o coronavírus está previsto para chegar hoje (14) na Bahia. Desse montante, Salvador deve receber em torno de 17 mil unidades. Caso o lote chegue em tempo hábil, a cidade inicia ainda nesta tarde a vacinação das crianças com deficiência que são assistidas por organizações sociais.
“Amanhã (15), durante todo o dia, teremos unidades específicas para vacinar as crianças de 11 anos”, pontuou o gestor, esclarecendo que o município possui 20 mil recadastradas nessa faixa etária. A expectativa é de chegada de mais vacinas nos próximos dias, para ampliar a faixa etária de crianças beneficiadas com a dose.