O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) intensifica essa semana o combate ao Aedes aegypti em órgãos públicos da capital, em cinco distritos sanitários, a exemplo do Subúrbio, São Caetano/Valéria, Liberdade, Barra/Rio vermelho e Itapuã. Agentes de endemias visitarão espaços como escolas estaduais e municipais, unidades de saúde e Prefeituras-Bairro, para identificar possíveis focos do mosquito transmissor, além de prestar orientações sobre o combate ao problema.
Praças e logradouros públicos da capital também serão contemplados pela estratégia. “Em caso de detecção dos focos, será realizada a aplicação de inseticida para eliminar os criadouros do vetor. As ações, que seguem até a próxima sexta-feira (15), estão acontecendo estrategicamente em localidades onde apresentaram altos índices de infestação predial”, pontuou a gerente das arboviroses do CCZ, Isolina Miguez.
Somente em maio, a Prefeitura realizou cinco mutirões de limpeza nos bairros prioritários da capital, em parceria com a Limburb. Durante a intensificação, mais de mil imóveis foram visitados e 38 toneladas de lixo e materiais inservíveis foram removidas das localidades. “Intensificamos as visitas casa a casa, além de trabalho de manejo ambiental e de limpeza”, salientou a gerente das arboviroses.
O último Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 09 e 13 de abril, apontou que o Índice de Infestação Predial (IIP) em Salvador passou de 1,8% (janeiro/2018) para 2,7%, ou seja, a cada 100 imóveis visitados, aproximadamente três apresentaram focos do mosquito.
O estudo revela ainda que passou de 10 para 14 o número de áreas com alto risco para epidemia das doenças transmitidas pelo mosquito no município. A localidade de Fazendas Coutos, apresenta o maior índice, 10,1%. Por outro lado, a região de Brotas possui índice de infestação 0,7, sendo, portanto, menor que 1,0%, número recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso significa dizer que a localidade não corre risco de uma epidemia da doença.
Casos das doenças – Apesar do aumento da infestação, Salvador tem apresentado queda acentuada no número de casos confirmados de dengue, zika vírus e chikungunya. Os dados apontam para a eficácia das estratégias aplicadas pelo município no controle da infestação pelo mosquito Aedes aegypti – que também é responsável pela transmissão do vírus da febre amarela, embora até agora só haja registros em micos e macacos – nos 12 distritos sanitários da capital baiana.
Entre janeiro e abril deste ano, 143 casos de dengue foram confirmados, contra os 327 do ano passado, uma redução de 56%. Em relação a zika, o registro foi cinco vezes menor, com cinco infectados até abril, contra 35 no ano anterior. Já o número de pacientes com chikugunya chegou a 13 este ano, 41% a menos em relação ao primeiro quadrimestre de 2017, quando 22 pessoas tiveram diagnóstico positivo.