A Prefeitura de Salvador inaugurou na quarta-feira (3) o novo Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Maria Célia Rocha, na Avenida Afrânio Peixoto (Suburbana), que terá capacidade para atender cerca de 1 mil pessoas por mês. O equipamento proporciona cuidados em saúde mental prioritariamente para pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental de maior complexidade, além de outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida, apresentando assim demandas de assistência intensiva.
A entrega da nova unidade, que funcionava em um prédio menor, contou com a presença do prefeito Bruno Reis e do titular da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Alexandre Reis. Com este equipamento, a capital baiana passa a contar com 19 Caps. A unidade, que funcionava no bairro de Praia Grande, agora está localizada em Itacaranha e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e oferecerá acolhimentos diários, atendimentos individuais e domiciliares, grupos, oficinas, atenção às famílias e suporte às escolas, entre outros.
O prefeito ressaltou que há uma demanda reprimida na cidade, especialmente em função da pandemia, e destacou que este é o terceiro equipamento voltado para a saúde mental entregue em um mês. “A gente sabe que a pandemia deixou diversas sequelas, e na área da saúde mental não foi diferente. Então, nós estamos ampliando a nossa rede. Este é o terceiro equipamento que a gente inaugura no último mês voltado para a saúde mental. Inauguramos um PA (pronto atendimento) psiquiátrico no Vale dos Barris, um Caps Infantil no Areal e agora aqui o novo Caps. Aqui nós temos a capacidade de atender até 1 mil pessoas por mês, com médicos e psiquiatras, psicólogos, terapeutas, assistentes sociais, portanto profissionais qualificados para dar esse apoio às pessoas’, declarou.
Atendimentos – O secretário Alexandre Reis explicou que a unidade terá acolhimento noturno, mas ressaltou que haverá internamento, cujo atendimento é realizado nas unidades de pronto atendimento. “No caso de pacientes que tenham a necessidade de tomar algum tipo de medicamento, que necessitem de um repouso, a gente vai ter três quartos para que eles possam ficar. Mas não é um internamento. São três quartos de acompanhamento”, explicou.
Ele ressaltou que os profissionais do Caps também promovem atendimento domiciliar e destacou a atenção dada pela gestão municipal à saúde mental por conta das consequências da pandemia. “O Caps tem uma transversalidade na assistência, junto com as escolas, com os conselhos tutelares, a gente mantém essa relação estreita, inclusive com visitas domiciliares. A pandemia trouxe algumas consequências, entre elas a saúde mental da nossa população. Então, a procura por atendimentos tem se tornado maior a cada dia”, afirmou.