A aposentada Cristina Amaral, de 75 anos, tinha ido ao Shopping da Bahia nesta segunda-feira (24) apenas para fazer uns pagamentos. No entanto, ela aproveitou para fazer algumas atividades, na tentativa de descobrir se possui risco de desenvolver o Acidente Vascular Cerebral (AVC). As intervenções gratuitas foram promovidas na Feira da Saúde, montada no local e que contou com a participação da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em alusão ao Dia Mundial de Combate ao AVC, celebrado no próximo dia 29.
A ação reuniu cerca de 300 pessoas e ofereceu serviços como aferição de pressão arterial, medição de circunferência abdominal, peso e altura, orientações para reconhecer sinais e sintomas do AVC, consulta nutricional, informações de combate ao fumo e consultoria para realização de atividade física. Além disso, foi montado um estande para a divulgação do aplicativo AVC Brasil, que consegue identificar se as pessoas têm tendência a ter AVC. A ferramenta, que pode ser baixada em qualquer smartphone, consegue identificar futuros problemas nos usuários através do sorriso, voz e alguns esforços físicos.
De acordo com Cristina, a iniciativa foi muito boa. “Gostei muito. Fiz algumas atividades e os agentes afirmaram que não tenho a chance de ter maiores complicações com a doença. Mas, aqueles que descobriram, agora têm a possibilidade de se tratar”, falou a aposentada.
A coordenadora de Atenção Primaria da Saúde do Município, Adriana Miranda, disse que esse tipo de atividade acontece durante todo o ano. Com isso, mais pessoas poderão se conscientizar e entender que a prevenção é o melhor remédio para reduzir casos de morte pela doença. “A orientação que oferecemos a população é que os mesmos procurem o médico regularmente para evitar ou controlar os fatores de risco do AVC como, por exemplo, a hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, sedentarismo e colesterol”, completou.
Dados – Na capital baiana, de 2004 a 2014, dentre as Doenças do Aparelho Circulatório (DAC), as principais causas de mortes foram as doenças cerebrovasculares (32%), seguidas do Infarto Agudo do Miocárdio (19%) e doenças hipertensivas (13%). Os dados são do Boletim Epidemiológico Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) de 2015. No ano passado, os dados preliminares registraram 1,2 mil óbitos em decorrência do AVC em Salvador, principal causa de morte entre as Doenças do Aparelho Circulatório.