Os permissionários que sofreram prejuízos com o incêndio no Mercado Municipal de Cajazeiras, ocorrido na noite do domingo (18), deverão contar com plano de contingência e auxílio-emergência da Prefeitura. A afirmação foi feita pelo prefeito ACM Neto durante vistoria no equipamento, realizada na manhã desta segunda-feira (19), e que contou com a presença de titulares de diversos órgãos municipais, dentre eles o secretário Marcus Passos (Ordem Pública). Após a verificação da situação, o prefeito concedeu coletiva à imprensa e explicou aos permissionários sobre as providências a serem tomadas pela administração municipal.
O Departamento de Polícia Técnica (DPT) também esteve no local para realizar a perícia e o resultado deverá sair em até 45 dias. O imóvel foi provisoriamente interditado e a estimativa é de que já esteja liberado para providências nesta terça-feira (20). Foram encontrados um isqueiro e uma vasilha de álcool no segundo pavimento do mercado, local atingido pelas chamas. Cerca de 20 boxes foram queimados, porém a estrutura do prédio não foi afetada. O Corpo de Bombeiros atuou durante toda a madrugada e conseguiu apagar as chamas nas primeiras horas da manhã de hoje.
“Lamentável o que aconteceu. Ainda não temos um diagnóstico definitivo, inclusive conversei com a equipe de Polícia Técnica, que está coletando todas as informações. O que a gente desconfia hoje como principal causa é de que tenha sido de fato um incêndio criminoso, ou seja, de que a motivação tenha sido a de destruir o Mercado Municipal de Cajazeiras, o que é muito grave. Já solicitei todo o apoio dos órgãos de investigação da polícia para identificar as causas e, no caso de incêndio criminoso, vamos atrás dos responsáveis desse ato e garantir que sejam devidamente punidos”, afirmou ACM Neto.
Suporte – O prefeito ressaltou que a administração municipal está empenhada em buscar dar todo o suporte aos permissionários para que possam continuar as atividades. Está sendo considerada, ainda, a realização de contratação emergencial a ser feita pela Prefeitura para rápida recuperação da parte atingida pelo incêndio e, assim, minimizar os prejuízos aos comerciantes.
Enquanto isso, será discutido um plano de contingência por parte da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), que administra o mercado, para atuação dos comerciantes durante o período de recuperação do imóvel. Além disso, deverá ser concedido a estes permissionários o auxílio-emergência, no valor de até três salários mínimos, para minimizar as perdas. Durante todo o dia, agentes da Semop estarão no local para orientar e dar suporte aos trabalhadores.
Ações contrárias – O prefeito também abordou a questão das supostas ameaças sofridas pelos comerciantes, vindas de pessoas contrárias à implantação do Mercado Municipal de Cajazeiras. “É inadmissível isso, que meia dúzia de pessoas que são contrárias à estrutura possam ter provocado esse fato. Vamos aguardar as investigações. É certo que a Prefeitura não vai permitir que os comerciantes retornem para a Rótula da Feirinha, que foi organizada e disciplinada após trabalho realizado pela gestão. Foi investido muito dinheiro público não apenas na construção do mercado, mas também na ligação Cajazeiras 5 a 10 (Avenida Jorge Calmon) e na recuperação da Rótula da Feirinha, justamente para resolver a questão da mobilidade do bairro. Além disso, foram feitas intervenções, oferecidos serviços e um recente mapeamento feito pela Semop revelou uma demanda superior à quantidade de boxes existentes. Não vamos permitir que essas conquistas sejam comprometidas”, explicou.
Estrutura – Inaugurado em novembro de 2015, o Mercado Municipal de Cajazeiras está instalado em Cajazeiras 10 e contou com investimento de R$7 milhões, em uma área de aproximadamente 4 mil m². São 133 boxes no total, 80 deles exclusivos para feirantes, dispostos em dois pavimentos. Os demais estão divididos em atividades como açougue, frios, restaurantes, floricultura, barbearia e serviços. A estrutura conta também com 69 vagas de estacionamento Zona Azul. Os boxes foram destinados, prioritariamente, para os comerciantes que atuavam ao ar livre na chamada Rótula da Feirinha, cuja situação causava impactos negativos no trânsito do bairro.