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Polícia Civil identificou e intimou para prestar depoimento o suspeito de ter ameaçado de morte a jornalista e humorista de stand up comedy Maíra Azevedo, conhecida como “Tia Má”. O nome dele não foi divulgado. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa da Polícia Civil nesta quarta-feira (7). As ameaças começaram depois que Maíra denunciou nas redes sociais um ataque racista feito a ela pela mesmo suspeito.

O depoimento dele ainda não ocorreu até a manhã desta quarta-feira. Não foi detalhado pela polícia quando ele deve depor, nem se a polícia pedirá a prisão do suspeito.

A jornalista, que é uma das colaboradoras do programa Encontro com Fátima Bernardes, da TV Globo, relatou ter recebido, no dia 2 de março, uma mensagem em que é chamada de “macaca” em rede social e, três dias depois da denúncia do caso, uma ameaça de morte por telefone celular.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito foi identificado como o autor da ameaça de morte e a investigação aponta que é a mesma pessoa que chamou a jornalista de “macaca”.

Ao G1, Tia Má contou que durante a participação dela no programa Encontro com Fátima Bernardes, na última terça-feira (6), voltou a receber mensagens do suspeito. A jornalista contou que havia bloqueado o número da pessoa que fez as ameaças e ofensas, precisou desbloquear por conta de um defeito no aparelho e, após resolver o defeito, voltou a bloquear.

“Por orientação da polícia essa pessoa está bloqueada. Então não recebo mais. Ele conseguiu mandar porque meu celular deu defeito e tive que desbloquear todo, mas está devidamente bloqueado”, afirmou.

Ela disse que espera que o autor da ameaça seja punido. “Eu espero realmente que essa pessoa seja identificada e que seja preso. Não é por medo, por nada, é justamente porque é um criminoso”, defende a jornalista.

Ameaça
Maíra conta que, após denunciar o ataque racista contra ela, o agressor conseguiu o contato de trabalho dela, ligou e mandou mensagens ameaçadoras via SMS. Depois, ela fez um print das mensagens e postou em sua página na rede social Instagram.

“Melhor vc para!! vc nao sabe quem quem tá falando. Pro seu bem me deixe em paz. Vou acaba com vc!!! Peguei onde vc mora e sei onde vc esta agora nesse momento. Vc nao passa de hj. Pode ficar sabendo. Sua macaca preta”, diz o texto das mensagens.

Ao lado do print que postou, a jornalista fez um desabafo. “O racista não suportou a repercussão do caso, pegou meu contato de trabalho, me ligou e está me fazendo ameaças, enviando mensagens para meu celular de trabalho. A questão é que essa pessoa me ligou e eu salvei o número, vou encaminhar para a polícia! Ainda que eu morra, morrerei lutando pelo que eu acredito! Jamais vou me furtar do meu direito de seguir combatendo as mais diversas formas de discriminação. Não quer ser exposto? Não cometa crimes! Não vai me intimidar com ameaças!”, disse.

Racismo
“Tia Má” denunciou que foi chamada de “monkey” – termo em inglês que significa macaco (a) – por um usuário do Instagram, em um comentário durante uma transmissão ao vivo. Ela disse ao G1 ter denunciado o caso à promotoria de Justiça de Combate ao Racismo do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) no dia 27 de fevereiro. O MP confirmou o recebimento da denúncia.

Na ocasião, a jornalista falou ao G1 sobre a importância de denunciar o crime, que deve ser punido. “Racismo é crime, não é brincadeira, não é uma coisa que fez sem querer, não é falta de amor no coração. É crime que a gente trata com a lei. Quando você compara uma pessoa a um animal, está reduzindo a sua humanidade e faz com que essa pessoa seja tratada de forma inferior. Esse foi o argumento usado na escravidão, não posso permitir que ninguém que tenha pele preta como a minha seja tratada como mercadoria”, avalia Tia Má.

G1-Bahia

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