Por G1 — Brasília
A Executiva Nacional do Podemos decidiu na segunda-feira (6), por unanimidade, expulsar o deputado Marco Feliciano (SP) do partido. O colegiado acolheu o argumento do diretório nacional, que acusou Feliciano de infidelidade partidária pelo apoio à campanha de Jair Bolsonaro à presidência, em 2018.
O Podemos se define como um partido independente e, naquela eleição, lançou como candidato o atual presidente nacional da legenda, senador Alvaro Dias (PR). Em uma rede social, Feliciano disse que a expulsão é “motivo de orgulho”, e que seguirá apoiando Bolsonaro.
A expulsão foi definida pelo diretório regional no início de dezembro. Além da infidelidade partidária, o Podemos-SP também acusou Feliciano de “violação moral e ética”. Na análise do recurso, a executiva nacional derrubou essa acusação, mas manteve o entendimento de infidelidade.
O entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) diz que, em caso de expulsão definida pelo partido, o parlamentar tem direito a permanecer no mandato. Com isso, Marco Feliciano poderá se filiar a uma outra legenda, ou seguir como deputado “sem partido”.
‘Motivo de orgulho’
No fim da tarde, Marco Feliciano publicou nota em rede social dizendo que o motivo da expulsão foi a campanha para Bolsonaro em 2018, e que “qualquer outro motivo é fake news”. O texto faz críticas ao presidente estadual do Podemos-SP, vereador Covas Neto, e ao senador Alvaro Dias.
“Por fim, reafirmo aqui que para mim é motivo de orgulho ser expulso do Podemos por defender o presidente Bolsonaro, que está mudando o país para melhor”, diz Feliciano na nota. O deputado ainda não anunciou se pretende juntar-se a um novo partido.