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O Plano Municipal de Adaptação e Mitigação às Mudanças Climáticas, que teve seus trabalhos iniciados nesta segunda-feira (19), durante a Semana Latino-Americana e Caribenha sobre Mudança do Clima, deverá ser concluído no primeiro semestre de 2020 e precisará do forte envolvimento da população de Salvador. O plano foi destacado durante a abertura do evento da ONU, que acontece no Salvador Hall até sexta-feira (23).

Carlos Nobre, o climatologista brasileiro que integra a equipe de estudos para subsidiar o plano, destacou a importância da participação dos soteropolitanos ao participar hoje da Semana do Clima. “É logico que precisa de um monte de elementos porque aumentar a resiliência de uma cidade é complexo. Mas, acima de tudo, tem que ter um grande envolvimento da população”, destacou o especialista.

O plano, desenvolvido com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), através do Prodetur, e do Grupo C40 de Grandes Cidades para Liderança do Clima, será um instrumento para que a cidade atinja as metas do Acordo de Paris. De acordo com o estudioso, o documento descreve quais as políticas que a Prefeitura deve incentivar, criar e implementar para que Salvador se torne muito mais resiliente as mudanças climáticas que já estão acontecendo.

“São mecanismos para que Salvador se previna de mudanças climáticas que vão acontecer inevitavelmente. O que estamos lançamos na atmosfera de efeito estufa garante que as alterações climáticas vão ocorrer por pelo menos 30 anos. Portanto, por três décadas vamos ter muitas mudanças climáticas como, por exemplo, chuvas intensas, secas extremas e ressacas mais fortes. A cidade tem que se preparar para episódios de ondas de calor e muita umidade que tem grande impacto na saúde”, explicou.

Nobre assegura que a estruturação do plano não é demorada e, em alguns meses, será concluída. No entanto, frisou que a implementação é gradativa. “Nenhum desses planos é coisa de um mandato, de meses, todos devem ser construídos para gradativamente ir aumentando a resiliência da cidade, da população, dos ecossistemas. A montagem deverá ser uma coisa rápida, de alguns meses, e depois caberá à Prefeitura seguir com os próximos passos que é a aprovação como uma política pública da cidade de Salvador”, assinalou.

Grupo de trabalho – A formação do grupo de trabalho e a discussão e do plano por especialistas do Brasil e do mundo têm sido o ponta pé inicial do projeto. Segundo o secretário de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência, André Fraga, os recursos foram assegurados e será necessário realizar um processo de levantamento de vulnerabilidade da cidade. “É a partir daí que vamos desenvolver as estratégias com o processo participativo, por meio de audiências públicas. A ideia é que ele seja concluído até o primeiro semestre de 2020”, assinalou Fraga.

Ele lembrou que a capital baiana foi a primeira cidade da América Latina a assumir compromissos com o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia, formado por prefeitos para implementar políticas e ações para redução das emissões e adaptação das cidades aos efeitos das mudanças climáticas.

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