A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira (18) mandados judiciais em gabinetes no Congresso Nacional, incluindo no do senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG). Os mandados foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O G1 tenta contato com a assessoria de imprensa do senador.
Além de Aécio, também são alvos desta operação os gabinetes do senador Zezé Perrela (PSDB-MG) e do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). O G1 não conseguiu localizar a defesa deles.
Os agentes da PF chegaram ao Congresso pela Chapelaria, o acesso principal às duas Casas legislativas. Eles carregavam malotes para apreender documentos e possíveis equipamentos eletrônicos.
Os investigadores confirmaram a prisão de um procurador da República, que trabalha no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e do advogado Willer Tomaz, supostamente ligado ao deputado cassado e atualmente preso Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A Justiça também determinou o cumprimento de mandados no TSE.
Delação da JBS
A operação teria tido início após a delação do dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, que entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma gravação do senador Aécio Neves pedindo a ele R$ 2 milhões. No áudio, com duração de cerca de 30 minutos, o presidente nacional do PSDB justifica o pedido dizendo que precisava da quantia para pagar sua defesa na Lava Jato. A informação foi divulgada pelo jornal “O Globo” na quarta-feira (17).
Após a publicação da denúncia, a assessoria de imprensa de Aécio Neves afirmou que o senador “está absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos”.
“No que se refere à relação com o senhor Joesley Batista, ela era estritamente pessoal, sem qualquer envolvimento com o setor público. O senador aguarda ter acesso ao conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos necessários”, diz o texto.
Fonte: G1