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Uma pesquisa realizada na Unidade de Acidente Vascular Cerebral do Hospital Geral Roberto Santos (UAVC-HGRS), em Salvador, foi publicada, neste mês, na Plos One – revista internacional de grande impacto na área da ciência e medicina. Intitulado, originalmente, ‘Investigating Predictors of Community Integration in Individuals After Stroke in a Residential Setting: A Longitutinal Study’, o estudo investigou como é a vida dos pacientes que tiveram AVC após a alta hospitalar.

Os resultados do estudo mostraram que alguns fatores como idade, presença de diabetes, tabagismo, gravidade do AVC e nível de independência na realização das atividades cotidianas, no momento da alta, podem interferir na recuperação dos doentes e na sua reintegração à comunidade. Para se chegar à conclusão, os pesquisadores fizeram visita domiciliar aos pacientes que tiveram alta da UAVC-HGRS.

“Foi muito interessante sair das fronteiras do hospital e visualizar as dificuldades que os pacientes enfrentam após a alta hospitalar. O AVC é uma das principais causas de morte e incapacidades no Brasil e no mundo e, por isso é muito importante entender o impacto dessa doença, especialmente na nossa população, que apresenta características sociais específicas. Foi importante observar como as barreiras físicas de acessibilidade nos bairros limitam a vida dos pacientes”, conta Iara Maso, fisioterapeuta da UAVC-HGRS e uma das autoras do trabalho.

Na avaliação dela, a realização de pesquisas na Unidade de AVC do HGRS permite atrelar a prática clínica ao desenvolvimento de conhecimento científico: “o que nos mantém atualizados, desenvolve o raciocínio crítico e impacta na qualidade da assistência prestada aos pacientes”.

A pesquisa é fruto de uma parceria entre o HGRS e o Grupo de Pesquisa Comportamento Motor e Reabilitação Neurofuncional, da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. O trabalho foi coordenado pela fisioterapeuta Elen Beatriz Pinto e o artigo foi produto do mestrado em tecnologias em saúde da fisioterapeuta Isabela Matos, no programa de pós-graduação da Bahiana.

Participou da pesquisa o coordenador da UAVC-HGRS, o neurologista Pedro Antonio de Jesus. O projeto contou, também, com apoio da Universidade Estadual da Bahia (Ufba).

“O tratamento na fase aguda, que é iniciado nas unidades de AVC, é fundamental para evitar mortes e sequelas. Infelizmente, alguns pacientes ficam com sequelas. Então, é muito importante entender o impacto disso nas comunidades em que vivem, pois só assim poderemos ter uma noção exata do que pode ser feito para melhorar a situação deles”, afirma Pedro Antonio de Jesus.

O artigo está disponível na internet e pode ser conferido por meio do link https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0233015.

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