Cerca de 200 pescadores e marisqueiras de Ilha de Maré protestam na manhã desta segunda-feira, 21, nas imediações do Porto de Aratu, em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Eles reclamam do impacto do vazamento de óleo no mar da região após a explosão de um navio em dezembro de 2013. O grupo afirma que, desde o acidente, não houve reparação pelos danos ambientais ocorridos na Ilha de Maré e em outras localidades banhadas pela Baía de Todos-os-Santos no Recôncavo da Bahia.
“Dois anos se passaram e ninguém foi responsabilizado pelo acidente. Nada foi feito, ninguém conversa com a gente”, reclama Marizélia Lopes, uma das lideranças do movimento. Ela diz que os pescadores e marisqueiros ficaram 110 dias sem trabalhar por conta do acidente e não foi ressacida do prejuízo.
Além disso, após a liberação da pesca, passaram a ter dificuldade para encontrar alguns tipos de peixes. “Dizem que aqui não tem pescadores, que (a explosão e vazamento de óleo) não prejudicou em nada. Mas a gente não encontra mais alguns peixes”.
De acordo com ela, foi emitida multa, mas que não foi paga. O dinheiro seria utilizado na recuperação do meio ambiente local.
A reportagem procurou o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que ainda não se pronunciou sobre a fiscalização do acidente e possíveis punições.
De acordo com a Superintendência de Telecomunicações das Polícias (Stelecom), os manifestantes, principalmente mulheres, colocaram galhos de árvores e outros objetos na pista, congestionando o trânsito no local.
ATARDE