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Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
O presidente Michel Temer disse que o Brasil está perdendo a ideia de institucionalidade e de cumprimento da Constituição, ao discursar para políticos na abertura do 62º Congresso Estadual de Municípios, realizado na noite de hoje (2), na cidade de Santos, litoral paulista, ao lado dos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles; do Planejamento, Dyogo Oliveira; e da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Em frente ao local do evento, manifestantes se concentraram em protesto contra o presidente.

“E nós estamos perdendo no país muito a ideia da institucionalidade, a ideia da autoridade, a ideia do cumprimento rigoroso daquilo que está na Constituição. Interessante como isso está acontecendo com uma frequência extraordinária, e muitas e muitas vezes em função dos embates políticos. Por isso que, em um congresso de municípios, nós precisamos colocar de lado qualquer fenômeno partidário”, disse Michel Temer.

O presidente falou da importância do poder municipal, independentemente de partidos políticos, na construção do país. “Temos que ter consciência de que isso é fundamental para o país. Não é sem razão que eu digo: para o Estado ser forte e para União ser forte, é preciso que o município seja forte. Essa é a grande realidade. Isso aqui, independentemente de partido político, é uma coisa institucional”.

Para Temer, o que deve prevalecer nos discursos é a consciência da importância do município no conjunto institucional. O presidente disse ser um “municipalista, não apenas nas palavras, eu sou por convicção institucional e na ação” e lembrou que a Constituição de 1988 diz que o país é formado por estados, Distrito Federal e municípios. “Veja quanto tempo levou para que se chegasse a esse termo [inclusão dos municípios entre os entes federativos]”.

Manifestação

Os manifestantes fizeram passeata pelas ruas da cidade e um ato em frente ao local do congresso. Eles lembraram a Operação Skala, deflagrada no último dia 29 pela Polícia Federal, em que pessoas próximas a Temer foram presas devido ao inquérito do Portos. O inquérito apura o suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A por meio da edição do chamado Decreto dos Portos, assinado por Temer em maio do ano passado.

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