O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) contestou a avaliação contábil do Tesouro Nacional que deu nota “C” às finanças do Governo da Bahia. “Atrasaram a liberação e mudaram a regra em novembro para prejudicar a Bahia. Uma manobra calhorda que submete o Tesouro Nacional a este tipo de vexame”, disse o petista.
Ele destaca que desde julho deste ano o governo do Estado já tinha cumprido com todas as etapas técnicas para a liberação do empréstimo de R$ 600 milhões que o governador Rui Costa (PT) captou junto Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). “Em 16 de agosto, relatório do Tesouro manteve a nota B que a Bahia sustentava há anos. Estava tudo ok, mas eles seguraram por pedido de ACM Neto em acordo com Temer, isso é público”, recorda Solla.
Somente após a mudança de metodologia de avaliação estabelecida na Portaria do Ministério da Fazenda nº 501/2017, de 27 de novembro, a nota da Bahia foi rebaixada para “C”, em novo boletim divulgado nesta quinta-feira (7).
“A captação deste recurso foi parte de um acordo político que o presidente golpista fez com os governos que tinham finanças saneadas e não precisaram aderir ao socorro que a União deu a estados que estavam perto do calote, como São Paulo e Rio de Janeiro. Foi um socorro de R$ 400 bilhões em que o Nordeste não levou 5% da ajuda. Para criar alguma compensação, Temer acordou em permitir que a União fosse fiadora de empréstimos internacionais aos estados que não recorreram ao socorro. Agora eles vêm com esse diversionismo calhorda”, recorda o petista.