Nem mesmo a chuva evitou que a população fosse para ruas de Salvador lutar por direitos, durante o desfile de Independência do Brasil nesta sexta-feira (7 de Setembro). O tradicional ‘Grito dos Excluídos’, por exemplo, tomou as vias do centro da capital para defender a retomada da democracia, reforçar a campanha ‘Lula, livre’, além de criticar as reformas realizadas e propostas pelo governo de Michel Temer (MDB). Presente ao ato, o deputado federal e candidato à reeleição Valmir Assunção (PT-BA) voltou a criticar os cortes de recursos para políticas sociais e agrárias e o congelamento dos gastos com saúde e educação por meio de emenda da atual gestão federal.
“Não podemos deixar que voltem a excluir o povo pobre do orçamento da União. O governo golpista e sua base de sustentação no Congresso Nacional retiraram direitos dos trabalhadores e seguem tentando colocar na conta do povo pobre o pagamento do impedimento contra um governo legítimo. Temos que lutar nas ruas para que tenhamos força para reverter essa situação. Com os cortes dos recursos para desapropriação, infraestrutura e assistência a violência no campo aumentou, morreram mais de 70 pessoas somente em 2017 em conflitos agrários. A violência contra negros e mulheres também aumentou, e não temos mais as políticas de reparação e de inclusão”, dispara Valmir ao lado de representantes do Movimento dos Sem Teto de Salvador (MSTS), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), grupos sindicais, da juventude e do movimento negro da Bahia.
Para o político petista, a situação do país só será resolvida quando os setores da mídia e do judiciário deixarem de perseguir o ex-presidente Lula. Assunção considera que a crise política e social que atinge o Brasil é fruto das pautas aprovadas na Câmara, pelo então presidente da Casa Eduardo Cunha (MDB-RJ) para derrubar o governo Dilma. “Cunha hoje está preso, mas as manobras dele ainda surtem efeito na economia do país e no bolso do cidadão. Isso sem conta na política desastrosa da Petrobras sobre os preços de combustíveis, temos mercado interno e não precisamos ficar atrelados a capital estrangeiro. Não tenho dúvida que a crise só será resolvida quando respeitarem a vontade popular e da maioria”, completa.