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Reduzir o tempo de deslocamento no trânsito é um dos grandes desafios que metrópoles no Brasil e no mundo têm para solucionar. Em Salvador, a situação não é diferente. Desde 2013, a Prefeitura vem se empenhando para promover intervenções que possibilitem a fluidez do tráfego de veículos em todas as regiões da capital baiana, a fim de possibilitar melhor qualidade de vida a motoristas e cidadãos que usam o transporte público para se locomoverem. A mais recente foi anunciada nesta quinta-feira (27), com benefícios para a região de Stella Maris.

Com investimento de aproximadamente R$10 milhões, as obras de requalificação viária na Alameda Dilson Jatahy Fonseca, com construção da nova Avenida Alameda Praia do Flamengo, já foram iniciadas. As obras serão uma melhoria para toda a cidade, já que a medida visa acabar também com a retenção de tráfego nas avenidas Luís Viana Filho (Paralela), Carybé e Dorival Caymmi, por conta do atual acesso a Stella Maris.

A Alameda Dilson Jatahy Fonseca, que hoje é mão dupla, passará a ter sentido único após a conclusão das obras, acabando com os engarrafamentos no acesso ao bairro pela Avenida Paralela. O reflexo do congestionamento chega impactar quem segue para o aeroporto e para bairros como São Cristóvão, Itapuã e Mussurunga, travando a Paralela já a partir do Bairro da Paz em horários de pico ou aos finais de semana, por conta do acesso à praia.

Já a Alameda Praia do Flamengo, que também hoje é mão dupla, terá sentido único para a orla após as intervenções. Com 10,5m de largura e duas faixas nos cerca de 3,2km de extensão, a via terá o dobro da capacidade de tráfego, ganhando inclusive ciclofaixa e estacionamento com 1.108 vagas após as obras.

O titular da Superintendência de Transporte de Salvador (Transalvador), Fabrizzio Muller, explica que nos últimos cinco anos a autarquia tem investido em projetos para resolver problemas crônicos de tráfego, através de estudos e projetos de engenharia de trânsito. “Saímos um pouco da fiscalização e de outras atribuições para começar a estudar mais diversos pontos críticos da cidade. E aí começamos a desenvolver medidas que eram possíveis de serem executadas através de pequenas, médias e grandes intervenções”, ressalta.

Um dos exemplos foi o que aconteceu na região do Iguatemi. Em 2014, foram feitas modificações na ligação entre as avenidas ACM e Paulo VI, na altura do Hiperposto, melhorando a saída dos veículos no local. No ano seguinte, a via marginal em frente ao Shopping da Bahia foi alterada para sentido único em direção à Avenida Tancredo Neves, dentre muitas outras ações que se mostraram acertadas e impactaram positivamente na circulação de veículos.

“Aquela localidade (Iguatemi) era uma área que as gestões passadas tinham muito medo de mexer, de não dar certo, por se tratar de uma área nevrálgica”, lembra Muller. “Foram feitas pequenas intervenções, que se somaram em conjunto e que deram muito certo. Ainda existe problema, claro, por ser uma das regiões que mais passa carro na cidade”, acrescenta o gestor.

Muller lembra que outro projeto importante foi a construção da Avenida Jorge Calmon, ligação viária entre Cajazeiras 10 e 5. Inaugurada no início de 2016, a obra era uma antiga reivindicação dos moradores. A Jorge Calmon possui 1.5 quilômetro de extensão e inicia entre a 13ª Delegacia de Polícia e o Mercado Municipal, com sentido único em direção a Cajazeiras 5.

Por conta da iniciativa, o tempo de viagem de quem utiliza transporte particular ou privado foi abreviado em até 70%, ajudando a desafogar o tráfego em Cajazeiras 8, onde está a Rótula da Feirinha, o principal gargalo no trânsito na região. “Foi uma das maiores obras executadas na história da Transalvador. Foram investidos aproximadamente R$ 10 milhões”, destaca Fabrizzio.

A Avenida Afrânio Peixoto, localizada no Subúrbio Ferroviário, foi totalmente requalificada há quase três anos, passando a contar com uma via exclusiva para bicicletas, com 14 quilômetros de extensão em ambos os sentidos. As obras de mobilidade envolveram, inclusive, a implantação de quatro novas baias de ônibus, uma via marginal e dois retornos na região do Parque São Bartomoleu e do Largo do Luso. “Foi muito além de colocar ciclovia, hoje muito utilizada. Essas iniciativas foram capaz de solucionar problemas crônicos na Suburbana”, afirma Muller.

Pontos críticos da capital baiana situados na Avenida Aliomar Baleeiro, em São Cristóvão, Avenida Octávio Mangabeira, no Jardim dos Namorados, Imbuí, Stiep e Avenida Garibaldi estão entre o pacote de localidades beneficiadas com intervenções nos últimos anos. “Esse é um trabalho permanente da Transalvador, que é analisar projetos viários que tragam melhorias. Não só para trazer fluidez mas também segurança viária, por isso a cidade reduziu números de mortes no trânsito”, destaca Muller.

Frota e hábito – O aumento da frota de veículos em Salvador é apontado com uma das razões para a formação de congestionamentos na cidade. “No ano 2000, a frota era de 370 mil veículos. Hoje fica em torno de 1 milhão. Isso, evidente, trouxe consequências. Acontece não só em Salvador, mas em todas as capitais do Brasil”, compara Fabrizzio Muller. “O país, nos últimos 40 anos, sempre preferiu o transporte particular em vez de privilegiar o ônibus. Isso trouxe consequências que assistimos hoje, nos principais centros urbanos do país. Ainda não temos a cultura de trocar o carro pelo transporte público, pois isso também envolve a questão de segurança pública. As pessoas têm medo de utilizar ônibus por medo de andar nas ruas”, reflete Fabrízzio.

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