A presidente Dilma Rousseff decidiu agora há pouco, depois de muitas horas de reunião, que o ex-presidente Lula vai ocupar a Casa Civil do governo, no lugar de Jaques Wagner, que vai para a chefia de gabinete, dizem fontes.
Está em discussão uma reforma mais ampla do primeiro escalão do governo. Dilma deve mexer em outras peças do ministério.
A presença de Lula no governo deve mexer na área da economia. Lula pressiona por uma guinada nos rumos das políticas econômica e monetára, com o uso das reservas internacionais para abatimento de dívidas e uma pressão pela redução da taxa de juros, criando um populismo fiscal.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, tem demonstrado incômodo com as notícias de que Lula gostaria de trazer para o governo o ex-presidente do BC Henrique Meirelles.
O governo se esforça para convencer que a ida de Lula para o Palácio do Planalto é para tentar salvar o mandato da presidente Dilma. Já a oposição afirma que o oferecimento de um ministério para Lula é para blindá-lo no campo da Justiça. A consequência prática é que Lula se livra da mira do juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, já que passaria a ter como foro o Supremo Tribunal Federal.
Atualização às 11h45: após o fim da reunião que definiu a ida de Lula para a Casa Civil, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), postou a informação em sua conta pessoal no Twitter. O líder do PT na Câmara, Afonso Florence (PT-BA), em entrevista com jornalistas na Casa, também confirmou a entrada de Lula no governo.
G1