“É uma condenação política. Para citar dois exemplos, contra Aécio Neves há provas irrefutáveis: uma conversa gravada e uma mala de dinheiro, em caso que envolveu ainda sua irmã e um primo. Contra o golpista Michel Temer há uma gravação e imagens de um assessor levando uma mala de dinheiro. Todos estão soltos e impunes. Contra Lula não há provas. Apenas convicções e uso de declarações evasivas, o que prova e comprova, isso sim, a parcialidade do judiciário brasileiro”, considerou. O parlamentar baiano disse ainda que a quarta-feira, 24 de janeiro, “marca mais uma etapa do golpe”, que, em sua opinião, objetiva consolidar a agenda de reformas “ultraliberais” impostas pelo governo Michel Temer.
“Como nos revelou aquela gravação entre Romero Jucá e Sergio Machado, em 2016, há esse grande acordo nacional, da burguesia com a elite financeira internacional, para consolidar as reformas que retiram direitos e conquistas históricas da classe trabalhadora e do povo brasileiro, fragiliza nossa soberania nacional, com a entrega, de mãos beijadas, ao capital internacional, de nossos principais ativos estratégicos, e compromete, de morte matada, nosso desenvolvimento inclusivo e sustentável”, pontuou Marcelino, para quem a saída está na “luta democrática” nas ruas do Brasil. “Fazer a luta democrática pelo país, contra as injustiças, o avanço do ultraliberalismo e a hipocrisia de nossa elite e de setores da classe média. Lula é vítima de feroz perseguição do tripé judiciário-mídia-capital-financeiro pelo que representa para nosso país: desejo de uma nação autônoma, forte, inclusiva, soberana e desenvolvida! Lula é inocente e, portanto, nosso candidato de qualquer jeito”, enfatizou Galo, ressaltando que a defesa do ex-presidente irá recorrer da decisão até a última instância.