Durante sessão solene, realizada nesta quinta-feira (13), no plenário do Senado, em Brasília, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) destacou a importância do papel desempenhado pelo ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), na condução de políticas para as mulheres.
Lídice lembrou que ele foi o primeiro governador a implantar uma Secretaria de Políticas para as Mulheres no Brasil. “Não só implantou como tirou da retórica e realizou as politicas na pratica. A educação e a segurança tiveram uma participação efetiva da Secretaria, principalmente com um forte trabalho pela redução dos índices de violência contra a mulher”, disse.
A senadora baiana também recordou que Eduardo Campos criou o programa de alfabetização de mulheres rurais – Chapeu de Palha – “que era uma feliz vinculação com o seu avô, Miguel Arraes, que também governou o estado pernambucano. O programa recebeu prêmio internacional de Direitos Humanos da ONU. “Ele era um líder nacional, que saiu do Nordeste para pensar o Brasil”, afirmou.
Na área da Educação, Lídice destacou a implantação de estabelecimentos de ensino em tempo integral, formando a maior rede do país com mais de 300 escolas. “Foram políticas que marcaram a postura de um governante socialista. Isso fez com que ele tivesse a admiração de mulheres feministas, pois Eduardo tinha uma sensibilidade que se origina nas mulheres, uma vez que nasceu de uma família de políticos e revolucionários e era descendente de Bárbara de Alencar, que participou da Revolução Pernambucana e lutou pela independência do Brasil”, explicou.
A parlamentar disse que Campos herdou várias características de (Miguel) Arraes, que foi um mito na luta pelas causas dos mais pobres e pela democracia.
Lídice também destacou a trajetória da mãe do político, a ministra do Tribunal de Contas da União e ex-deputada federal, Ana Arraes, que perdeu a mãe muito cedo e criou os seus irmãos. “Eduardo dizia sempre em discussões da pauta das mulheres: Eu, filho de Ana Arraes, fui criado para ser respeitador e delicado com as mulheres”, recordou a senadora que também destacou o fato de Eduardo Campos ter dado voz aos movimentos negro e LGBT dentro do partido.
Assessoria, 13 de agosto de 2015
