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Ônibus assaltado é similar a este (Foto: Blog Urbaianos)

Ailton de Jesus Fonseca, 26 anos, foi espancado por populares depois de sequestrar um ônibus, assaltar os passageiros e tentar fugir em outro coletivo usando uma arma de brinquedo. O crime aconteceu por volta das 16h, começou na BR-324, seguiu pela Avenida Bonocô e terminou na região do Iguatemi.

 

 

O ladrão foi preso por uma guarnição da Polícia Militar que conduziu o suspeito até o Hospital Geral do Estado (HGE) e depois para o Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (GERRC), na Baixa do Fiscal. O ônibus assaltado fazia a linha Estação Pirajá/ Pituba.

O motorista do coletivo, Luís Cláudio Muniz, 41 anos, contou que Ailton entrou no ônibus na Estação Pirajá e sentou em um dos bancos, como se fosse um passageiro comum. “Quando chegamos nas imediações da Jaqueira do Carneiro, ele se levantou e anunciou o assalto. O ônibus estava vazio, tinha 13 passageiro e oito colegas (rodoviários). Ele ficou andando pelo corredor”, contou Muniz.

Depois de anunciar o assalto, o suspeito se voltou para a cobradora e entregou uma sacola. “Ele queria que eu passasse pelo ônibus recolhendo o dinheiro e os celulares dos passageiros, mas eu disse que não faria isso”, afirmou a cobradora Maria Clenilda de Souza, 41.

Um dos rodoviários que pegavam carona pulou a catraca e fez o que o bandido mandou. Enquanto isso, Ailton ordenou que o motorista mudasse o roteiro do ônibus e, ao invés de seguir pela Avenida ACM, seguisse pela Avenida Mario Leal Ferreira (Bonocô). Foram as atitudes do suspeito que chamaram a atenção da cobradora. “Ele ficava levantando e abaixando a mão, mostrando e recolhendo a arma. Parecia que queria esconder alguma coisa, foi aí que eu percebi que o revólver era de brinquedo”, contou Souza.

Ailton saqueou todos os passageiros e mandou que motorista parasse o coletivo no primeiro ponto da Bonocô, para quem segue da BR-324 no sentido Estação da Lapa. A cobradora esperou o suspeito descer e avisou aos colegas. “Eu comecei a gritar que a arma era de brinquedo. Eu vi que era de brinquedo e o pessoal foi atrás”, disse.

Perseguição
Rodoviários e passageiros desceram do coletivo e correram atrás de Ailton. Quando percebeu que estava sendo perseguido, o suspeito começou a correr pela passarela e conseguiu entrar em um ônibus que estava parado do outro lado da pista.

“Eu tentei avisar ao colega do Estação Mussurunga, onde o bandido entrou, mas o colega não viu e arrastou o carro. A sorte foi que logo atrás vinha outro ônibus, que estava vazio porque estava sendo recolhido. Os colegas contaram ao motorista o que estava acontecendo e eles saíram em perseguição”, contou Muniz.

Os rodoviários e passageiros roubados conseguiram alcançar o coletivo em que o bandido estava, próximo a Estação Iguatemi. Ailton foi retirado do ônibus e espancado pelas vítimas do roubo.

De acordo com o posto policial do Hospital Geral do Estado (HGE), foi uma guarnição da 35ª Companhia Independente da Polícia Militar (Iguatemi) que socorreu Ailton. Ele deu entrada na unidade médica com vários ferimentos, foi medicado e conduzido algumas horas depois para o Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (GERRC), na Baixa do Fisacal.

Não foi a primeira vez
Segundo a delegada Glaucia Souza, essa não foi a primeira vez em que Ailton foi preso roubando coletivos. “Ele tem cinco entradas policiais, todas por assalto a mão armada. Duas dessas situações foram praticadas em coletivos”, afirmou.

A falsa arma usada para intimidar as vítimas foi apreendida pela polícia. Ela foi produzida com uma mistura de madeira e fita isolante. Pintado de preto, o objeto simula um revólver calibre 38. Os celulares roubados, também foram recuperados. A cuidadora de idosos Araceli Cristine Barbosa, 35, contou sobre o susto.

“Eu estava com minha filha no ônibus. Ele estava agitado e pediu que todo mundo entregassem os celulares. Depois saiu correndo, mas o povo foi atrás. Consegui recuperar meu celular, mas na agonia ele ficou com a tela trincada”, disse.

Ailton foi autuado por roubo qualificado – por emprego de arma de fogo. “Eu também solicitei a prisão preventiva dele, por conta das outras passagens e por não ter residência fixa”, afirmou a delegada. O suspeito está detido na delegacia.

Gil Santos – CORREIO

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