A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social acompanha de perto os passos para a elucidação do crime, por meio da coordenação LGBT, em conjunto com a Superintendência de Prevenção à Violência (Suprev) da Secretaria de Segurança Pública.
Familiares do professor de inglês assassinado brutalmente em Brotas no final de dezembro de 2016, Rodrigo Lapa, acompanhados pelo presidente do Grupo Gay da Bahia, Marcelo Cerqueira, se reuniram, na tarde da última quinta-feira (07), com o coordenador LGBT e a superintendente de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, Vinícius Alves e Anhamona de Brito, respectivamente, e com a delegada de polícia e diretora de Direitos Humanos da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Marita Souza.
Segundo uma das primas da vítima, Juliana Lapa, toda a família está empenhada na solução do caso e reunindo forças para elucidar o crime. “Viemos nos colocar à disposição para o que for necessário na elucidação do crime, para que outros não se repitam”, salientou Juliana.
A reunião com os representantes do poder público, de acordo com o presidente do GGB, teve como objetivo unir os esforços na apuração da responsabilidade do crime e combater a impunidade. “Foi um crime brutal, com requintes de crueldade, que obriga a comunidade gay a reconhecer a evidência do caráter de tortura e da motivação odiosa. São fatos terríveis porque fragilizam nossa população e reforçam uma premissa da nossa cultura que diz que somos indivíduos de segunda categoria”, constatou Cerqueira.
Acompanhamento – Na reunião, Anhamona de Brito comentou sobre dados divulgados pelo GGB que dão conta do aumento de incidências de mortes entre as pessoas LGBT nos primeiros dias do ano, na Bahia e no Brasil. “A nossa secretaria tem acompanhado de perto os passos para a elucidação do crime, por meio da coordenação LGBT, em conjunto com a Superintendência de Prevenção à Violência (Suprev/SSP)) e, de forma alguma podemos aceitar que argumentos como comportamento de risco sirvam para justificar crimes de ódio. As pessoas, independentemente da sua orientação sexual e identidade de gênero, são livres e devem ser respeitadas”, enfatizou.
A delegada Marita Souza informou que a polícia tem ouvido várias pessoas, entre elas parentes, amigos, vizinhos e síndicos, para levantar mais informações que ajudem a resolver o caso. “A polícia já foi nos locais que ele frequentava, está buscando imagens, continua a investigar e vai até o final. O que a gente quer é a conclusão do fato que acontece quando se identifica o autor do crime”, concluiu.
Fotos: João Raimundo Santana