A Justiça Federal argentina autorizou buscas na sede da construtora Odebrecht em Buenos Aires, depois de impor sigilo ao processo no qual se investiga um esquema de superfaturamento e subornos na construção de uma usina para a estatal Aysa, que presta serviços de distribuição de água e saneamento na Argentina. A construtora manifestou publicamente sua disposição de colaborar de maneira ampla e irrestrita com as investigações. As informações são da agência Télam.
Através de uma nota, a empreiteira brasileira garantiu que se apresentou no dia 9 de maio perante o tribunal presidido pelo juiz Sebastián Casanello, onde tramita a ação por meio da qual foram ordenadas as buscas, e se dispôs a colaborar de maneira ampla e irrestrita com as investigações”.
“A empresa reafirma sua intenção de colaborar com a Justiça e espera reconquistar a confiança da sociedade mediante uma atuação empresarial íntegra, ética e transparente”, declarou a Odebrechet em comunicado público, no qual confirma as buscas em seus escritórios localizados no 32º andar de uma torre situada no bairro portenho de Retiro.
Reunião reagendada
O Ministério de Justiça argentino, por sua vez, informou hoje, em nota à impresa, que reagendou para a próxima semana a reunião com a Odebrecht prevista para esta quarta-feira, e que daria continuidade à reunião realizada ontem com advogados da empreiteira, na qual a empresa fez uma proposta que seria examinada hoje pelo governo.
“O ministro da Justiça e dos Direitos humanos, Germán Garavano, se reunirá na próxima semana com os advogados da empreiteira brasileira para chegar a um acordo que permita à Justiça receber informações sobre o suposto pagamento de propinas a funcionários e empresários argentinos ligados à obra pública. A reunião foi remarcada para a próxima semana porque a Justiça Federal ordenou buscas nos escritórios da Odebrecht”, afirma a nota do ministério.