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“Quem não gosta de samba, bom sujeito não é”, já dizia Caymmi lá em 1957. O Brasil é o país mundialmente conhecido por seus ritmos musicais, com destaque para o samba, que nesta quinta-feira (2) completa 105 anos de história.

Em Salvador, a Prefeitura investe em espaços que valorizam ainda mais o ritmo musical. Atualmente, o município possui dois equipamentos públicos, que contam a história do samba brasileiro.

O primeiro é a Casa do Carnaval, localizada no Centro Histórico da cidade, que conta toda a história da festa baiana e ritmos musicais envolvidos. Inaugurado no ano de 2018, o museu também traz um acervo cultural voltado ao samba.

Quem chega ao local encontra uma biblioteca receptiva, com livros que contam a história do samba. Entre eles o título “O Carnaval de Salvador e suas escolas de Samba”, do autor Geraldo Lima, que presta uma homenagem aos sambistas baianos.

Ainda para valorizar o ritmo musical, a Casa do Carnaval possui um espaço chamado “Terraço do Samba” que fica na cobertura do prédio e tem uma vista voltada para a baía de Todos-os-Santos. O espaço conta com mesas e cadeiras decoradas, um painel composto por azulejos e sons de sambistas da Bahia.

“A Casa do Carnaval possui um acervo cultural bastante enriquecedor. O visitante tem a oportunidade de vivenciar um ambiente sambista”, explica o mediador da Casa do Carnaval, Islin Santana.

Cidade da Música – Outro equipamento da cidade voltado para a música e ritmos baianos, a Cidade da Música da Bahia, localizada no Comércio, dispõe sobre a história da música e dos artistas baianos. O equipamento, inaugurado no mês de setembro pela Prefeitura, é dividido em três níveis, onde também é contada a história do samba brasileiro e dos seus compositores.

No primeiro nível, o visitante encontra telas interativas, associando os bairros de Salvador ao ritmo musical. O acervo conta com depoimentos de sambistas ilustres, como o baiano Riachão, que se estivesse vivo, completaria 100 anos em 2021. No segundo nível, duas cabines exibem em vídeo a história do samba reggae e do samba de roda.

A professora aposentada e amante do samba do Recôncavo, Analice Ferreira, de 73 anos, destacou a importância do ritmo para a fomentação cultural do país. “Eu sou nascida e criada na cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano. Foi lá onde soaram os primeiros acordes da manifestação cultural que é o samba. Precisamos entender, historicamente, que a Bahia foi a porta aberta para mostrar o ritmo musical para todo o país. O Dia do Samba deve ser celebrado com atividades e programações em homenagem a sambistas como Riachão e Neguinho do Samba”, defendeu.

Serviço — Os dois equipamentos funcionam de terça a domingo, das 10h às 18h. Os ingressos variam de R$20 (inteira) a R$10,00 (meia), para residentes de Salvador, estudantes e idosos. No caso da Cidade da Música da Bahia, as visitas devem ser agendadas através do site www. cidadedamusicadabahia. com. br .

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