A crise instalada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Escada, denunciada pelo Sindicato dos Médicos, passa, segundo o vereador Hilton Coelho (PSOL), pela gestão da organização social Pró-Saúde, que administra a unidade. “O caso exige uma rápida solução para que a população do Subúrbio Ferroviário, tão carente em atendimento na área de saúde, não seja prejudicada em razão da omissão estadual e do autoritarismo da empresa. Sou morador da região e acompanho com atenção o que acontece. A Pró-Saúde não cumpriu o acordado com o Sindimed no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e demitiu nove médicos de forma autoritária”, disse.
Para Hilton Coelho, outro ponto obscuro denunciado pelo Sindimed diz respeito ao contrato vencido entre a Pró-Saúde e a Sesab, desde novembro de 2014. “Porém, o governo se recusa a divulgar os termos nos quais estão se dando os repasses mensais, mesmo tendo sido informado oficialmente pelo Sindimed através de três ofícios. O valor do contrato também é questionado. São cerca de R$4 milhões por mês, um valor similar ao que é repassado ao Hospital Regional de Juazeiro, unidade de grande porte com ampla gama de serviços e superior a outros grandes hospitais como o Dantas Bião, em Alagoinhas”, observou o vereador.
Lentidão
Ele critica com veemência o que considera lentidão do governo estadual em buscar uma solução para a UPA de Escada: “A Sesab está sendo muito lenta em tomar medidas para normalizar a situação e conivente com a demissão sumária de nove médicos, justamente os que participaram mais ativamente do movimento reivindicatório”. A Pró-Saúde é uma das maiores entidades de gestão de serviços de saúde e administração hospitalar do País e, segundo Hilton Coelho, deveria, no mínimo, cumprir com o que acorda na Justiça do Trabalho.
O vereador manifestou apoio ao Sindimed e exigiu a reintegração dos médicos demitidos em razão da luta na unidade.
CMS