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Em meio à pandemia do novo coronavírus – a Covid-19 –, o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) publicou o primeiro artigo da residência de enfermagem em terapia intensiva. O trabalho – intitulado ‘Estratégias utilizadas por enfermeiras para minimizar a ocorrência de delirium em pacientes críticos’ – foi aprovado, no último dia 20, pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul.

O artigo descreve as estratégias utilizadas por enfermeiras para minimizar a ocorrência de delirium em pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI), por meio de estudo exploratório-descritivo, de abordagem qualitativa, desenvolvido no HGRS – um hospital de ensino, público, de grande porte, localizado na cidade de Salvador. Foi realizado nos meses de setembro e outubro de 2018, com a participação de 16 enfermeiras.

Os dados foram coletados mediante entrevista semiestruturada e analisados por meio do método conhecido como Técnica de Análise de Conteúdo Temática. Da análise dos dados, emergiram duas categorias temáticas, denominadas “Desconhecimento sobre monitorização do delirium em UTI” e “Estratégias das enfermeiras para minimizar a ocorrência de delirium em UTI”.

Concluiu-se que existe uma coerência quantos aos métodos de intervenções para prevenir o delirium e a implementação de protocolos e atividades educativas são imprescindíveis para empoderar o enfermeiro quanto às intervenções realizadas. A pesquisa foi desenvolvida por Katherine Pithon Oliveira, Carina Marinho Picanço, Adriana Ribeiro Oliveira, Ylara Idalina Silva de Assis, Ana Cláudia Fonseca de Souza e Aldacy Gonçalves Ribeiro – diretora de enfermagem do Hospital Roberto Santos.

Delirium

O delirium é uma disfunção neurológica aguda mais frequentemente observada em pacientes internados em UTIs, caracterizado por alterações transitórias da consciência e cognição, flutuação do estado mental, desatenção e pensamento desorganizado, em geral, por curto período de tempo. Na terapia intensiva, desencadeia importante declínio funcional e está associado à maior período de ventilação mecânica, hospitalização prolongada, aumento dos custos e maior mortalidade.

Estudos apontam que a incidência do delirium em pacientes críticos varia entre 47% e 80% e sua prevalência entre 20% e 80%. Entretanto, permanece subdiagnosticado um percentual compreendido entre 25% e 75%. Os dados, segundo o artigo desenvolvido no HGRS, podem estar relacionados à flutuação do próprio quadro de delirium, associado ao conhecimento insuficiente por parte dos profissionais de saúde sobre a patologia, bem como a baixa adesão às ferramentas diagnósticas.

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