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O Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) apresentou, na última quinta-feira (1º), o Protocolo de Prevenção ao Suicídio em Pacientes Internados. O documento tem o objetivo de sistematizar as ações de identificação e avaliação do risco de suicídio nos pacientes hospitalizados, além de organizar o fluxo de procedimentos na assistência ao paciente que apresente comportamento, pensamento ou ideação suicida.

A iniciativa culmina com o início do Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio, e foi apresentada em formato de mesa redonda, com a participação dos Serviços de Psiquiatria e Psicologia do HGRS. Durante o evento, foram discutidos os fatores de risco para o suicídio, critérios de classificação e identificação do risco, além de medidas de prevenção e proteção em implantação no hospital.

“Esse protocolo visa sistematizar as ações que toda equipe assistencial do HGRS desenvolverá em prol da segurança do paciente com risco de suicídio. Políticas públicas que normatizam estratégias de prevenção ao suicídio precisam englobar a abordagem interdisciplinar, com intervenções técnicas realizadas pelos diversos profissionais envolvidos”, afirma Lilian Novais, coordenadora Serviço de Psicologia do HGRS.

De acordo com a pesquisa “Análise epidemiológica do suicídio no Brasil entre 1980 e 2006”, publicada em 2009, a própria casa é o cenário mais frequente de suicídio no país (51%), seguida pelos hospitais (26%). Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam a ocorrência de aproximadamente 14 mil suicídios por ano no Brasil.

Esses dados evidenciam a importância de dar visibilidade ao tema, principalmente em ambiente hospitalar, onde os pacientes estão sujeitos a situações que levam ao aumento de ansiedade e depressão, como distância da família, alteração do cotidiano e a própria condição clínica e diagnóstico. O processo de acompanhamento para possíveis casos vai acontecer em uma ação conjunta entre todos os profissionais diretamente e indiretamente ligados aos cuidados do paciente.

“A partir do momento que a equipe entenda que o paciente tem o risco de cometer o ato de suicídio, todos devem estar preparados, ficar atento aos períodos de maior risco e às trocas de plantão, nas quais a equipe está reduzida. É preciso entender que todas as informações devem ser levadas em consideração e, se for um caso de alto risco, o paciente deve ser encaminhado ao Serviço de Psiquiatria”, explica Arthur Couto, médico psiquiatra do HGRS.

Nesta primeira etapa de implantação, os esforços são voltados principalmente para instrução e qualificação das equipes do hospital. Serão realizadas ações educativas, como aulas, palestras, treinamentos, discussões de caso e rodas de conversa nas unidades, com o objetivo de engajar e preparar a equipe acerca da importância da avaliação precoce dos riscos de suicídio em pacientes internados.

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