A nova política de doação de órgãos foi o tema discutido durante a Comissão de Saúde e Saneamento da Assembleia Legislativa da Bahia. Os números são alarmantes. De acordo com o coordenador de transplantes da Bahia, Heraldo Moura, o Estado precisa anualmente de 80 transplantes de córnea, 60 de rim, 25 de fígado e oito de coração. No entanto, o banco de órgãos não atende a demanda. De acordo com o deputado Herzem Gusmão (PMDB), os dados apresentados durante a Comissão foram desanimadores. “Ainda existe uma resistência muito grande em relação ao assunto. Mesmo a pessoa manifestando desejo em vida em doar um órgão, se a família não confirmar, nada feito. Por isso, é importante o apelo para que exista um diálogo com a família. No entanto, um dado interessante apresentado é que 94% dos transplantes na Bahia são efetivados pelo SUS e, para implementar essa filosofia, no Estado é preciso vontade política, empenho técnico e envolvimento do cidadão”, disse o parlamentar.
Herzem Gusmão pede mais diálogo com familiares para impulsionar a doação de órgão na Bahia