O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, afirmou neste sábado (22), data que marca o dia mundial sem carro que, se eleito, dará “apoio decisivo” a ciclovias e à segurança de pedestres.
O petista caminhou ao lado de aliados e discursou para militantes e eleitores na Praça da Independência no Recife (PE). Depois, foi até um assentamento do Movimento Sem Terra (MST) em Caruaru, no Agreste de Pernambuco.
“Hoje é dia da mobilidade e nós temos um projeto muito forte de mobilidade para o país que inclui o apoio decisivo a faixas de ônibus, ciclovias, segurança dos pedestres, mas também nós vamos oferecer um tributo, que é federal, nós vamos entregar parte para os prefeitos para eles poderem melhorar a qualidade do transporte público que é a Cide [Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico]”, afirmou o candidato a jornalistas.
Ensino médio
Também em entrevista, o petista anunciou uma proposta de auxílio entre escolas do ensino médio para melhorar o desempenho de estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
De acordo com o candidato do PT, unidades federais de educação terão de “adotar” escolas que estejam com desempenho insatisfatório no exame.
“Cada unidade federal de ensino médio, institutos, Senac, Sesi, Senai, escolas militares, todas as unidades federais de educação, vão ter que adotar escolas de ensino médio dos estados que estejam com baixo desempenho com o compromisso de melhorar as notas dos alunos no Enem para que eles possam progredir nos estudos”, disse o ex-ministro da Educação.
Ele afirmou ainda que se eleito vai propor a revogação da emenda constitucional que estabeleceu um limite para os gastos públicos por 20 anos. O objetivo da medida, segundo o petista, é retomar investimentos em obras paralisadas.
“Obra parada dá prejuízo. As pessoas imaginam que obra parada é parada, é não, a obra parada ela se deteriora, custa o dobro para terminar depois de alguns anos. Nós não podemos deixar a obra no meio. E, na Transnordestina e na transposição [do Rio São Francisco] foram bilhões gastos, tem que concluir a todo custo. Nós não vamos deixar uma obra estratégica parada”, disse.
Autoritarismo
Sem se referir ao adversário Jair Bolsonaro (PSL), Haddad afirmou que não se pode tentar resolver os problemas do país “na base do autoritarismo e da violência”.
“Democracia tem que ser celebrada a todo o tempo, e nós temos o entendimento de que a aliança que nós estamos fazendo, a ampla aliança de primeiro e de segundo turno, vai nos dar base de sustentação para aprovar os projetos que eu e o Lula definimos como prioritários”, afirmou.
Fonte: G1