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Docente e preceptor dos programas de residência multiprofissional do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), o fisioterapeuta Jorge Motta publicou um artigo científico na edição de março da revista Clinical Rehabilitation – veículo acadêmico de alto impacto mundial. O trabalho, intitulado, originalmente, como ‘The impact Of high-intensity interval training On functioning And health-related quality Of life In post-stroke patients: A systematic review With meta-analysis’ é uma revisão sistemática, com metanálise, sobre o tratamento fisioterapêutico com exercícios de alta intensidade em pacientes com sequelas de acidente vascular cerebral (AVC).

De acordo com o pesquisador, trata-se de um tema importante, que pode contribuir para a mudança de prática no tratamento de pacientes com AVC. “O estudo foi realizado no hospital [Roberto Santos], em parceria com a Ufba [Universidade Federal da Bahia] e USP [Universidade de São Paulo]. Faz parte da minha linha de pesquisa no HGRS, onde estudo pacientes com AVC e tenho mais algumas publicações nessa área”, conta.

Para examinar os efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade no funcionamento e na qualidade de vida relacionada à saúde de pacientes pós-AVC – objetivo do trabalho –, foram pesquisados os seguintes bancos de dados eletrônicos: Medline/Pubmed, Cochrane Central Register of Controlled Trials, PEDro database e Scielo, até janeiro de 2022, para ensaios clínicos randomizados. Dois revisores selecionaram os estudos de forma independente. A qualidade do estudo foi avaliada usando a escala PEDro. A diferença média (MD), diferença média padrão (SMD) e intervalos de confiança de 95% (ICs) foram calculados.

Nove estudos preencheram os critérios do trabalho, que contou com a participação de 375 pacientes de 55,8 a 72,1 anos de idade. Os estudos incluíram pacientes dentro de duas semanas do início do AVC a pacientes com mais de um mês de AVC.

“Os achados da revisão sistemática mostram que o treinamento intervalado de alta intensidade foi mais eficiente que o treinamento aeróbico contínuo para ganho de aptidão cardiorrespiratória, equilíbrio e velocidade de marcha em pacientes pós-AVC”, conclui o artigo, que acrescenta: “comparado aos cuidados habituais, o treinamento intervalado de alta intensidade também melhorou a aptidão cardiorrespiratória”.

São coautores do artigo os pesquisadores Mansueto Gomes Neto, Franciele Silva dos Santos, Katna de Oliveira Almeida, Edimar Alcides Bocchi, Yasmin de Souza Lima Bitar e André Rodrigues Durães (coordenador de Ensino e Pesquisa do HGRS). A publicação pode ser acessada por meio do link https://bit.ly/artigoavchgrs-0322.

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