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Desde a última quinta-feira (11) com estado de greve decretado, o sindicato dos rodoviários do Estado da Bahia afirma que as atividades podem parar a qualquer momento. Entretanto, duas reuniões ainda serão feitas para tentar uma mediação entre a categoria e o empresários das empresas de ônibus. “Amanhã teremos reunião na Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) com o secretário Fábio Mota e na terça teremos outra com o Ministério Público do Trabalho. Nesta segunda (15), os ônibus irão circular normalmente”, afirmou o diretor de Comunicação do sindicato, Daniel Mota, em entrevista concedida ao BNews.
Segundo ele, paralisações podem ocorrer durante o estado de greve, “mas iremos avisar à população”. De acordo com o diretor político do sindicato e gerente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Tiago Ferreira, já ocorreram diversas rodadas de negociação, mas sem êxito para a pauta dos trabalhadores. “Foi aprovado o estado de greve que significa a autorização para o sindicato colocar o edital para prazo legal sobre a possível greve”, afirmou, informando que este prazo legal é de, no mínimo, 72 horas. “Hoje, às 15h, teremos assembleia que deve definir a colacação do edital”, ressaltou. Segundo Ferreira, ainda haverá a tentativa de diálogo e “deve haver intermediação do poder público, tanto do Ministério Público do Trabalho (MPT), bem como da Delegacia Regional do Trabalho”.
Entre as principais reivindicações estão a questão salarial – com 5% de ganho real; manutenção dos empregos e auto escola para os trabalhadores. “Queremos fechar um convênio com o Detran para garantir que aqueles cobradores que forem demitidos possam tirar a carteira de habilitação e garantir emprego como motorista”, frisou Fereira. Ainda entre as reivindicações, está a garantia de 100% do plano de saúde.
Questionado sobre a crise que assola o país e que atinge as empresas de ônibus, Ferreira pontuou que há a necessidade de conversa e compreende que o desemprego atinge a categoria,. Entretanto, ele critica a falta de sinalização por parte do patronal com relação a um dos pontos levantados em pauta.
Empresas
As três empresas que operam o sistema de transporte público por ônibus de Salvador alegam ter, desde janeiro deste ano, um déficit mensal de R$ 12 milhões. Ao A Tarde, a associação que congrega os três consórcios (Integra), a tarifa de R$ 3,60 não é suficiente para remunerar o serviço prestado. Ainda conforme matéria de A Tarde, esse déficit é o principal argumento que os empresários do ramo têm levado à prefeitura e ao Ministério Público do Estado (MP-BA) para pedir que o sistema seja revisto e reivindicam redesenho das linhas.
Por Caroline Gois – Bocão News

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