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Ações de sensibilização e mobilização do combate ao trabalho infantil foram realizadas na manhã desta quarta-feira (8), na Estação de Trem da Calçada. Promovida pela Diretoria de Proteção Social Especial (DPSE) por intermédio da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), a iniciativa teve a atuação de quatro agentes para abordagem aos cidadãos.

O objetivo é orientar e esclarecer sobre os agravos físicos, morais e psicológicos de crianças e adolescentes, de 0 a 16 anos, que estejam realizando trabalho não condizente com o desenvolvimento biopsicossocial. Na ocasião, foi entregue material informativo com o tema “Criança não é mão de obra”, que traz alguns motivos pelo qual crianças e adolescentes não deve trabalhar.

Atuando há 13 anos como técnica de referência do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), a assistente social Adriana Vieira, 44 anos, explicou a escolha do local para realização da ação. “O Subúrbio e a Cidade Baixa são áreas de grande índice do trabalho infantil”, disse.

Conscientização – Para a dona de casa, Ana Cristina Santos, 42 anos, a atividade chama a atenção dos pais sobre o assunto. “Tem tanta criança que trabalha sem necessidade, que os pais pegam o dinheiro, gastam com outras coisas e não ajudam os filhos em nada. A minha filha mesmo não trabalha, ela faz o curso dela, eu dou o dinheiro do transporte de ida e volta, mas tem muitos pais que não fazem isso,” comentou.

O advogado Vagner Silva, 34 anos, diz que a ação consegue cumprir o papel social de identificar os problemas que ocorrem na população. “É bom acontecer esse tipo de ação para identificar os problemas que estão ocorrendo na sociedade e ajudar a manter a população informada. O trabalho infantil, realmente, desvirtua a criança, evocando ela para assumir uma responsabilidade inadequada. A criança deveria estar na sala de aula, fazendo atividades de criança,” pontuou.

Tabu – Adriana avalia que o tema ainda é um tabu para a sociedade. “Ainda há alguns mitos com relação ao trabalho infantil. Costumam dizer que ‘é melhor trabalhar do que roubar’ e, com isso, a criança é levada, em tenra idade, para o trabalho infantil. Infelizmente, a população ainda tem muito essa cultura, que era comum antigamente e que julgam ainda ser pertinente na atualidade”, destacou a técnica do Peti.

O dia 12 de Junho é conhecido como o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. Em alusão à data, a Sempre pretende realizar, nas escolas, oficinas relacionadas ao tema que envolverão alunos e educadores.

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