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“Ubuntu”, a filosofia africana que fala sobre união e compartilhamento, nomeia a revista digital produzida pelos alunos do 2º ao 9º ano da Escolab Boca do Rio, que resgata saberes e contribuições dos povos africanos e indígenas. O lançamento do material aconteceu na manhã desta segunda-feira (17), no auditório da instituição, localizada na Rua Abelardo Andrade de Carvalho, 72, e contou com a presença dos alunos, professores, pais e responsáveis. O link de acesso ao arquivo PDF da revista está disponível nas redes sociais da instituição, no facebook (Escolab Boca do Rio) e instagram (@escolabbocadorio).

A abertura do evento contou com a presença do coletivo Pé Descalço e do grupo Boiada Multicor, através de apresentações multiculturais como poesias, dança folclórica, como o bumba meu boi, e ritmos musicais como samba-reggae, xote e baião, levando ludicidade e cultura aos presentes.

Para um dos organizadores da revista, o coordenador pedagógico e vice-diretor da instituição, Ari Xavier, a revista é uma forma de se comunicar com outras escolas e com a sociedade. “Resgatar essa ancestralidade que nos constitui, mas que nem sempre temos o conhecimento suficiente para compreender, é muito importante. Precisamos entender o que nos trouxe até aqui e o que nos constitui enquanto povo e sociedade. A revista é um registro. Nosso intuito é compartilhar para além dos nossos muros. Que esse conteúdo seja acessado por todas as escolas e cidadãos. Estamos jogando esse trabalho para o mundo”, declara.

Enquanto enxugava as lágrimas após a apresentação do seu filho Haniel de Jesus do 8° ano, a dona de casa Rita Maria de Jesus, 46 anos, falou da importância do trabalho realizado pela escola. “Ver o meu filho desenvolvendo seus conhecimentos é muito gratificante. Aqui ele pode integrar os estudos com a arte e a tecnologia e isso é muito importante para a educação dos alunos. O trabalho realizado pela Escolab contribui demais para a formação desses alunos que são o nosso futuro”, afirma.

“Ter uma revista que eu pude participar da criação é muito legal. Eu posso mostrar a várias pessoas um pouco do que aprendo em sala. Me sinto muito feliz em poder me ver nesse trabalho”, conta Haniel. “Os alunos produzirem uma revista que trata de nossas heranças é muito necessário. É a chance de formarmos cidadãos conscientes. E é justamente nisso que a instituição investe”, afirma a dona de casa Jéssica Conceição, 37, mãe de Joseane Conceição, aluna do 6° ano.

Essa revista, mais do que inaugurar um instrumento científico de socialização de saberes e de conhecimento, também institucionaliza e formaliza esse lugar de fala dentro da instituição, jogando isso para o mundo”, reforça o diretor da Escolab, Miguel Dourado.

O projeto – A culminância deste produto final, a revista, é fruto do projeto pedagógico realizado desde o início do ano letivo, que tem como tema “A leitura do mundo e a leitura da palavra, pela superação da hierarquia dos saberes”, com foco na leitura e escrita a partir do reconhecimento, estudo e valorização do legado filosófico, científico e artístico proveniente das heranças africanas e indígenas.

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