E a saga dos empregados terceirizados que prestam serviço para Secretaria da Educação do Estado (SEC) continua. Com até três meses de salários atrasados eles continuam trabalhando, mantendo as escolas funcionando “normalmente”.
As desculpas são as mais variadas, a empresa LC diz que a SEC é quem vai pagar, a SEC diz que está esperando a greve dos bancários terminar e enquanto isso, pais e mães de família seguem passando necessidades, tendo ainda que arranjar dinheiro emprestado para pagar transporte para ir trabalhar.
O Sindilimp por sua vez que deveria apoiar o trabalhador, cruza os braços. Hoje por exemplo, uma funcionária ligou para saber qual a posição do Sindicato em relação a tal situação e a pessoa que a atendeu (Um Sr. que se identificou como Carlos Madeirada) disse que “isso não era com eles não”, que ela ligasse para quem estava devendo, a empresa.
A trabalhadora ainda questionou que eles contribuem todo mês para a entidade e que esperava outra posição deles. O Sr. Carlos a chamou de grossa, disse que tinha mais o que fazer e desligou o telefone. Ou seja, os trabalhadores ficam sem saber a quem recorrer.
Há algum tempo atrás, tivemos acesso a um vídeo do governador do Estado afirmando ter cancelado contrato com as empresas que estariam descumprindo a lei anti-calote e que os funcionários passariam para o REDA (Regime Especial de Administração Direta). Coisa que não aconteceu até agora, os funcionários continuam sem seus salários e nenhuma providência foi tomada. Outro fato importante é que esses mesmos funcionários foram demitidos de outra empresa (a SANDES) no mês de junho, e até hoje não receberam a rescisão e nem puderam sacar o FGTS, benefício este que segundo consulta na Caixa Econômica não estava sendo recolhido.
Ou seja, nem receberam da empresa da qual foram demitidos (SANDES), nem da empresa que assumiu a partir de julho (LC), nem da SEC.
É realmente uma situação insustentável, um descaso, um desrespeito com o trabalhador.