Mais um dado positivo encerra o primeiro semestre de 2016 no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS). Trata-se do aumento expressivo de captação de órgãos pela unidade, que, até ontem, 30, contabilizou quatro entrevistas positivas no mês de junho, efetivando transplantes de fígado, rins, córneas e válvulas cardíacas.
De acordo com a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos Para Transplantes (Cihdott), são seis protocolos de morte encefálica com quatro doações em junho deste ano contra quatro protocolos de morte encefálica e nenhuma doação em junho de 2015. O número impressiona ainda mais quando comparado ao total de doações feitas em Salvador em junho de 2016: foram dez em toda capital baiana. Neste cenário, 40% dos órgãos captados no município vieram do Hospital Roberto Santos.
No HGRS, as últimas captações são oriundas de internações do Centro Cirúrgico, das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da Emergência e Geral e da Unidade de Acidente Vascular Cerebral (UAVC). “É importante lembrar que um doador consegue beneficiar sete pessoas. Mas, apesar do avanço que tivemos do ano passado para cá – quando a Comissão passou a ficar voltada especificamente para dentro do hospital –, temos que melhorar muito mais para suprir a demanda de toda população baiana”, avalia a médica Bárbara Kraychete, cordenadora da Cihdott.
Independentemente da escolha da família, o suporte da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos Para Transplantes ocorre desde a abertura do protocolo. Somente quando constatada a morte encefálica, a equipe realiza entrevista com os acompanhantes.
Para se tornar um doador de órgãos, não é necessário deixar nada por escrito, basta conversar com a família e deixá-la ciente do desejo. Saiba mais sobre doação e transplante de órgãos e tecidos no site www.saude.ba.gov.br/transplantes.