Já imaginou chegar a qualquer ponto da região central de Salvador e, com apenas um toque no celular possa, por meio de um aplicativo interativo, ter acesso à localização dos melhores bares, restaurantes e espaços de eventos do Pelourinho? Pois em breve esta opção, que já é realidade nas principais agendas culturais da cidade, chegará também aos dispositivos móveis com geolocalização. Desse modo, o próprio App buscará a interação com o usuário a partir da referência histórica contida em cada área visitada. Assim, o sistema passará a oferecer informações históricas, dicas de quaisquer eventos e locais onde aconteça algo de interessante no Pelô.
Este é o caminho percorrido pela turma do “Bora pro Pelô” que participa do Desafio Hackathon, realizado neste fim de semana na Faculdade de Medicina da Bahia, no Terreiro de Jesus, buscando desenvolver, de forma criativa, o embrião de um celeiro de soluções práticas e com impacto social real para o desenvolvimento do Centro Histórico. Foram mais de 33 horas ininterruptas de atividades, envolvendo pessoas como desenvolvedores, designers, mentores e agentes de negócios criaram e testaram soluções práticas agregando negócios, história e lazer do Centro Histórico. A ação é uma iniciativa do jornal Correio e da Rede +, empresa de espaço colaborativo para desenvolvimento empreendedor. Além da Secretaria da Cidade Sustentável e Inovação (Secis), as pastas municipais da Cultura, Mobilidade, Manutenção e Gestão participam do evento como convidadas.
A turma do “Bora pro Pelô”, sob a mentoria do designer Lucas Santana, desenvolve um aplicativo que, além de indicar a localização e os melhores pontos gastronômicos, de lazer e as principais atrações culturais, também passa ao turista um pouco da história da Bahia, por meio de informações sobre cada região visitada. “A missão aqui é analisar os aspectos visuais de cada trabalho. O que posso adiantar é que os meninos entenderam o espírito do que foi pedido, que é um retrato moderno do Pelourinho, mas sem perder a essência do lugar, pensando no lazer, na economia criativa e avançar por meio do trabalho colaborativo, sem perder a estética, de forma que baiano ou turista possa reconhecer em cada parte do Pelourinho aquilo que já tem na memória, só que com um toque atual”, ressalta Santana.
“Buscamos criar uma identidade com DNA baiano, utilizando o coloquial já no nome do App, nas cores chamativas, curvas e na forma descontraída que pensamos para passar as informações, dicas de pontos históricos, etc. Queremos convidar o turista para conhecer o Pelô, mas, sobretudo, trazer o baiano de volta para esta região, a partir do desenvolvimento da cultura e do patrimônio histórico desta parte da cidade”, explica Sérgio Campos, paulista radicado há 12 anos em Salvador e CEO do “Bora pro Pelô”, uma das ideias inovadoras que começam a ser gestadas no Hackathon.
Inovação – Estiveram presentes ainda os grupos\App Eu & Tour, Cidade Acessível, Meu Pelô, Vey, Local Mob, Meu Tour, Viva Pelô, Agrega Pelô e Onde é Que Tá. Segundo o gerente de Marketing e Mídias Digitais do Jornal Correio, um dos criadores do evento, Fábio Góis, esses grupos passaram pela oportunidade de desenvolver ideias inovadoras que podem passar a ser realidade. “A importância do Hackathon está na tentativa de integrar a sociedade soteropolitana, pensando em soluções que possam impactar a vida de pessoas da nossa cidade. Nesse primeiro momento, optamos por trabalhar o Centro Histórico por ser o berço da capital baiana, um local emblemático pela história e contexto envolvidos. É também um modo de apresentar essa história e as peculiaridades do Pelourinho, também sua cultura e patrimônio. Percebemos que há muito potencial ainda desconhecido pela juventude, sendo que a metrópole vive hoje um momento importante na área de inovação, com o envolvimento de diversas secretarias municipais”, comenta.
“O Hackathon busca desenvolver a inovação e soluções tecnológicas que tenham impacto social prático para o Centro Histórico. Daqui nascerão startups e pessoal criativo aptos a enfrentar graves problemas da região. Os participantes atuam em cinco eixos de problemas, relacionados a governança, cultura, turismo, vida empreendedora e mobilidade. Assim, no final do dia essas equipes apresentarão suas soluções para avaliação do corpo de jurados – formado pelo titular da Secis, André Fraga, o gerente da Incubadora do Senai/Cimatec, Flávio Marinho e a especialista em Negócios de Impacto Social, Camila Godinho -, além do próprio público presente”, explica Rodrigo Paolilo, diretor executivo da Rede +.
Os vencedores serão conhecidos ao final do dia e receberão como prêmios mentorias, oficinas de tecnologia. Todos terão orientação para que sigam trilhando o caminho da inovação, de forma a desenvolver ainda mais um núcleo criativo na capital baiana, por meio de programas de aceleração e eventos de capacitação.