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Sextou. Com todo o respeito e reverência à ancestralidade, sem perder o foco no futuro, a banda do Cortejo Afro, uma das mais jovens agremiações de tradições afro-brasileiras da cena soteropolitana, desaguou energia e positividade no palco principal do Festival Virada Salvador, nesta sexta-feira (30), terceiro dia de festejos.

“Sorriso negro, um abraço negro traz felicidade. Negro sem emprego fica sem sossego… E negro é a raiz da liberdade”, cantou o vocalista do grupo, Aloísio Menezes, chamando o público que já chega aos bandos à Arena Daniela Mercury para curtir a festa.

Primeira vez no Festival Virada, a jornalista Adrielly Lima, 23 anos, veio do Cabula só para curtir a festa de despedida do ano de 2022. Fã de piseiro e ansiosa pela chegada dos sertanejos Thiago Brava e Mari Fernandez, a moça se encantou pela mistura de harmonia e percussão do Cortejo. “Minha primeira experiência com eles, e já virei fã. Também não conhecia o festival, e já estou apaixonada. Vou assistir todas as apresentações da noite e aproveitar bastante”, comentou a jovem.

Frequentador assíduo da festa na Arena Daniela Mercury desde os eventos anteriores à pandemia de Covid-19, o servidor público federal Joel Costa, de 60 anos, chegou cedo para curtir o afro da Bacia do Cobre. “Cortejo Afro é a cara da Bahia, representando energia positiva, negritude e diversidade. Não perco um show deles quando estou em Salvador”.

Cortejo Afro – Nascido no dia 2 de julho de 1998, às margens da Bacia do Cobre, no Parque São Bartolomeu, a Entidade Cultural Cortejo Afro tem origem dentro dos limites de um terreiro de candomblé, o Ilê Axé Oyá, sob a inspiração e orientação espiritual da Yalorixá Anizia da Rocha Pitta, Mãe Santinha. A banda e o bloco foram idealizados pelo artista plástico Alberto Pitta que, há mais de 40 anos, desenvolve trabalhos ligados à estética e à cultura africana.

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