O Conselho Municipal de Saúde de Salvador preocupado com a garantia do a-cesso universal e igualitário dos usuários do Sistema Único de Saúde aos serviços básicos e, diante das declarações da Secretaria Municipal da Saúde sobre o término das vacinas contra o vírus H1N1, têm questionado à gestão municipal os critérios que estão sendo utilizados para a disponibilização dos imunobiológicos, tendo em vista que foi definido pelo Ministério da Saúde um público-alvo. Causa-nos estra-nheza o grande número de pessoas que têm buscado a vacina nas Unidades de Saúde do Município, e não tem encontrado. É necessário que a Secretaria de Saúde esclareça se as pessoas vacinadas, de fato, preenchem os requisitos exigidos e quais os mecanismos utilizados para classificar se tais cidadãos compõem o grupo prioritátio. Outro fato que nos preocupa é a situação das pessoas acamadas e com redução da mobilidade, que, devido a baixa cobertura da Atenção Básica no Municí-pio e, conseqüentemente, ausência das visitas domiciliares, na sua grande maioria, foram excluídas desse processo. Outro fato que nos chamou bastante atenção, e que tem que ser esclarecido à sociedade pela gestão municipal da saúde, é o fato da disponibilização de vacinas para uma Clínica particular (Clínica Santa Clara). É necessário saber quais foram os beneficiários dessa ação e como esse serviço foi publicizado, uma vez que as vacinas foram cedidas pelo SUS. Diante de tais fatos, o Conselho Municipal de Saúde de Salvador, cumprindo seu caráter fiscalizador e de-liberativo, solicitou, oficialmente, que a Secretaria Municipal da Saúde se manifeste a fim de esclarecer o motivo do término das vacinas, hajá visto que o público-alvo não teve acesso em sua totalidade. Assim como, também, solicitou ao Ministério Público a apuração e tomada de medidas para garantir a vacinação de toda popula-ção-alvo.
Conselho Municipal de Saúde questiona término das vacinas contra o vírus H1N1 e o grande número de pessoas que ficaram sem se vacinar