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Nielmar de Oliveira – Repórter da Agência Brasil

Em meio a milhares de pessoas que aproveitaram o domingo de sol para realizar a caminhada matinal pelas pistas da orla do Rio de Janeiro, dezenas de manifestantes do movimento Vem Pra Rua promoveram uma manifestação de protesto contra a impunidade, pela renovação do quadro político e contra a decisão do Congresso Nacional de encaminhar proposta de criação do Fundo Partidário de Campanha – o Fundão.

Portanto faixas e cartazes, os manifestantes ocuparam a pista ao lado do calçadão da avenida, na altura do Posto 5, em Copacabana, de onde saíram em passeata até Ipanema.

Vestindo camisas do Brasil, inúmeros manifestantes portavam faixas e cartazes e protestavam pedindo a saída do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) (o grito Fora Gilmar era o mais ouvido).

Eles protestavam contra a demora no andamento de ações no STF e pediam renovação no quadro político do país. Protestavam ainda contra a impunidade e defendiam o fim da imunidade parlamentar.

Preocupação política

Presente ao ato, o analista de sistema aposentado Célio Vedramine, 67 anos, lamentava a pequena adesão ao movimento. Para ele, a população, ao se omitir, fica “conivente com as decisões que vêm sendo tomadas no Congresso Nacional. Infelizmente as pessoas não têm hoje essa preocupação política. Elas gostam muito de reclamar, mas pouco se dão do ponto de vista do engajamento político. Esquecem que o mundo é movimentado pela política. Ao não se engajar, ela, a população, está também sendo um pouco bandida. Se você vota em alguém que está comprovadamente envolvido com a corrupção e nada faz para protestar, está sendo conivente com a situação”, disse.

Para Geraldo D’Giovanni, também aposentado, mas da Força Aérea Brasileira (FAB), a falta de mobilização significa “muita irresponsabilidade política” por parte dos brasileiros. “Eu acho que o brasileiro é muito irresponsável em relação à situação política e social do país. Eu não estou aqui fazendo política: eu não sou petista, peemedebista ou qualquer outro ista. Eu estou aqui em desespero moral por causa dos meus netos e filhos. Eu odeio política, mas estou aqui pelo Brasil”, disse Geraldo.

A manifestação seguiu pela orla. Os participantes pararam em frente aos apartamentos da ex-presidente Dilma Rousseff, em Copacabana, do senador Aécio Neves, em Ipanema, e do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, no Leblon. Cabral foi preso na Operação Lava Jato. Na frente dos imóveis, houve protestos.

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