A Câmara Municipal de Salvador promoveu, na tarde desta segunda-feira (23), no Centro Cultural Plataforma, a quarta edição de 2017 do projeto Câmara Itinerante (82ª sessão ordinária do ano). Assim como nas atividades externas anteriores, realizadas na Barra, Monte Serrat e Cajazeiras, os moradores do Subúrbio Ferroviário aproveitaram a aproximação do Poder do Legislativo Municipal para expor as principais demandas das comunidades locais.
Na abertura dos trabalhos, o presidente da Casa Legislativa, vereador Leo Prates (DEM), relembrou do compromisso firmado ao reativar a Câmara Itinerante. “É importante que a política se reaproxime das pessoas. É preciso levar a Casa para perto da população”, salientou.
Na ocasião, dez lideranças comunitárias apresentaram as reivindicações mais frequentes, nas áreas de saúde, transporte, cultura e segurança pública.
A falta de vagas e a demora para sepultamentos nos cemitérios da região também entraram na pauta de discussão. Vereador com atuação no Subúrbio, Orlando Palhinha (DEM) lembrou de projeto de sua autoria que prevê a implantação de cemitérios verticais públicos na cidade. “Vai contribuir para diminuir este problema”, destacou Palhinha.
Coordenadora do Câmara Itinerante, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) afirmou que o serviço é um exercício de democracia na prática. “O povo está cansado de receber decisões sem discussão”, frisou.
Audiência
O projeto Câmara Itinerante funciona como uma sessão ordinária realizada fora do Plenário Cosme de Farias, onde os vereadores deliberam sobre problemas das localidades. Após explicar aos presentes o rito da atividade, Aladilce anunciou uma audiência pública que também será realizada no Centro Cultural Plataforma, no próximo dia 29 de novembro. Segundo explicou a vereadora, o evento proporcionará maior participação popular e o registro de outras demandas.
Ao final de mais uma edição do Câmara Itinerante, o presidente Leo Prates ressaltou que todas as reivindicações documentadas na sessão serão encaminhadas aos órgãos responsáveis.
Arte periférica
Um dos documentos apresentados na sessão foi o do gestor do Centro Cultural Plataforma, Márcio Bacelar, que sugeriu a criação de um fundo de cultura específico para os grupos artísticos da periferia. “Existe um déficit com esses grupos periféricos, já que o trâmite para a participação em editais beneficia grupos de outras partes da cidade”, criticou.
Satisfeito com a realização da Câmara Itinerante no bairro, Bacelar parabenizou a iniciativa. “Esta atividade é uma verdadeira ação democrática”, definiu.
Ainda participaram do Câmara Itinerante em Plataforma as vereadoras Ana Rita Tavares (PMB), Marta Rodrigues (PT), Ireuda Silva e Rogéria Santos, do PRB; Marcelle Moraes (PV) e Cátia Rodrigues (PHS); além dos vereadores Henrique Carballal (PV), Sílvio Humberto (PSB), Isnard Araújo (PHS), Hilton Coelho (PSOL), Joceval Rodrigues e Beca, do PPS; J. Carlos Filho (SD), Hélio Ferreira (PCdoB), Teo Senna e Ricardo Almeida, do PSC; Felipe Lucas (PMDB), Kiki Bispo (PTB) e Vado Malassombrado (DEM).