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Jair Bolsonaro, candidato à Presidência pelo PSL, não tem sinais de infecção, informou o boletim médico divulgado pelo Hospital Albert Einstein no começo da noite deste sábado (8).

Neste sábado, ele foi movimentado do leito para uma poltrona. “O candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, passou um pequeno período do dia sentado na poltrona (30 minutos), além de caminhar no quarto auxiliado por fisioterapeuta, enfermeira e médico por 5 minutos. O tempo será gradualmente aumentado nos próximos dias conforme a tolerância do paciente às atividades”, diz o boletim.

Essas medidas, de acordo com o hospital, têm objetivo de reduzir os riscos de trombose, complicações pulmonares e acelerar a recuperação do funcionamento do intestino. “Até o momento, a evolução não evidencia sinais de infecção”.

O presidenciável está internado desde sexta-feira (7) no hospital na Zona Sul de São Paulo se recuperando de uma facada levada durante ato de campanha no Centro de Juiz de Fora (MG), na tarde de quinta (6).

Outro boletim médico, divulgado às 10h40, falava em “boas condições clínicas”. “Os exames de imagem e laboratoriais realizados durante avaliação médica mostraram resultados estáveis. Encontra-se em boas condições cardiovascular e pulmonar, sem febre ou outros sinais de infecção”, dizia o texto.

Nesta tarde, Flávio Bolsonaro, um dos filhos do presidenciável, postou nas redes sociais uma foto do pai em uma poltrona na UTI. Na imagem, ele aparece fazendo sinal de armas com as mãos. Questionado na porta do hospital sobre o gesto, outro filho do candidato, Eduardo Bolsonaro, disse que o sinal já é uma marca registrada do pai devido à sua posição contra o desarmamento. Eduardo disse também que não vê nada de prejudicial no gesto ou algo que possa gerar violência.

Em sua conta no Twitter, Bolsonaro afirmou que está bem e se recuperando e agradeceu à família e aos médicos. Neste sábado, voltou a agradecer na rede social as orações e o apoio.

Segundo a cúpula do Einstein, os principais riscos que serão monitorados são pneumonia (pois o candidato ficou muito tempo em choque e perdeu cerca de 2 litros de sangue) e infecção (por causa do vazamento de massa fecal na cavidade abdominal).

A previsão de internação é de sete a dez dias. A retomada das atividades só deve ocorrer em 20 dias.

Pós-operatório
Bolsonaro estava internado na Santa Casa de Juiz de Fora, em Minas Gerais, onde passou por uma cirurgia após o ataque que sofreu (entenda a operação ao final da reportagem).

O médico do Albert Einstein que foi a Juiz de Fora, o gastroenterologista Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo, gravou um vídeo em que elogiou a equipe da Santa Casa.

“O deputado já estava acordando, já estava bem consciente, ele recebeu pouca transfusão de sangue em função do grave sangramento que ele teve. E hoje, apresentando melhora, nós optamos, juntamente com a equipe de Juiz de Fora, trazê-lo para cá e vamos continuar o tratamento dele no Hospital Israelita Albert Einstein”, acrescentou na sexta.

A transferência foi feita via aérea, em um avião UTI, na manhã de sexta, até Congonhas. De lá, o candidato foi levado pelo Helicóptero Águia, da Polícia Militar paulista, até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual e vizinha do hospital. Uma ambulância do próprio Einstein o levou do palácio ao centro médico.

Agressor transferido
O responsável pelo atentado, Adélio Bispo, foi transferido em um avião da Polícia Federal (PF) na manhã deste sábado (8) de Juiz de Fora para um presídio federal em Campo Grande (MS). A transferência foi determinada pela Justiça Federal durante a audiência de custódia, na tarde desta sexta-feira (7).

A PF abriu um inquérito para investigar o caso e já indiciou Adélio Bispo por “atentado pessoal por inconformismo político”.

Em depoimento, ele afirmou que deu a facada em Bolsonaro “a mando de Deus”, segundo boletim de ocorrência.

Adélio também disse que agiu sozinho, sem ajuda de partido político ou empresa. Policiais federais consideraram o depoimento do suspeito como declarações de uma pessoa conturbada. Sua defesa alega insanidade mental.

Fonte: G1

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