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DSC_0009 (1)Pessoas em situação de rua que fazem uso problemático de drogas participam do curso de qualificação social e profissional do programa Qualifica Bahia. A ação é fruto de parceria entre o projeto Corra pro Abraço, desenvolvido pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), o Centro de Referência Integral de Adolescente (CRIA) e a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE).

O curso tem a duração de 180 horas/aula, sendo ministrado de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h. A primeira etapa prevê a abordagem de conteúdos básicos em que os alunos discutem temas relacionados a questões como ética, cidadania e valores humanos. “Nesse momento eles passam a se perguntar e ter a resposta para questionamentos como o porquê eles são tão parecidos e estão na mesma situação”, explicou a educadora social do curso, Ana Lice Sena.

Disciplinas como português e matemática também fazem parte do cronograma do curso. A parte prática do curso prevê aulas práticas para formação em azulejista, conhecimento que permitirá que os participantes executem trabalhos com revestimentos cerâmicos, conheçam os principais tipos de azulejos, formas, materiais para fabricação, entre outras informações técnicas.

Iniciativa atua na autoestima dos alunos

De acordo com Ana Lice, já é possível perceber um aumento na autoestima de muitos participantes que, cotidianamente, enfrentam situações de violência e preconceito. “Já são duas semanas de curso e muitos deles não acreditavam que eram capazes de participar das atividades”, explica.

Participante assídua, sem faltar a um dia de aula, Mileide Batista, 19, não esconde a satisfação em participar do curso. A jovem, que largou os estudos ainda na 8ª série, projeta um futuro: “quero aprender uma profissão”.

Já Edlúcia Soares, 52, passou a viver em situação de rua quando perdeu o emprego. Diferente da maioria dos participantes do curso, a pernambucana de sorriso difícil concluiu o ensino médio e já foi até instrutora de programas de erradicação do analfabetismo. “Esse curso é muito bom porque valoriza as pessoas que moram na rua, uma coisa que era muito difícil antigamente”, avalia.

 

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