No segundo dia de greve nacional dos bancários, iniciada na última terça-feira, 126 agências fecharam para atendimento interno em Salvador. Na Bahia, o total é de 742. Nesta quarta-feira, 7, a categoria realizou uma caminhada pelo Centro da cidade para fortalecer o movimento.
De acordo com Augusto Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Bancários, alguns caixas eletrônicos em Salvador já estão sem dinheiro. “Mesmo sendo um serviço que é terceirizado (o abastecimento dos caixas), precisa que um funcionário da agência abra o local”, explica ele.
A equipe de reportagem, no entanto, percorreu algumas agências na capital e não identificou a falta de dinheiro em caixas. Porém, quem precisa de auxilio para usar o autoatendimento encontrou dificuldades. O aposentado Eliezer Queiroz de Melo, 65, voltou para casa porque não conseguiu sacar. “Como não tem nenhum funcionário aqui, prefiro voltar do que pedir informações a estranhos”, disse.
Segundo Augusto, não há previsão de término da greve. “Não existem rodadas de negociações previstas. Eles (bancos) estão apostando no desgaste do movimento perante a população. Não querem negociar”, afirma.
Augusto disse, ainda, que o movimento grevista não quer prejudicar a população. “A culpa da greve é dos bancos”, completa.
Em nota, Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que a proposta continua a mesma: 5,5% de reajuste salarial, o que, segundo o Sindicato dos Bancários, não cobre a inflação, acumulada em 9,88% no mês de setembro. A categoria pleiteia 16%.
Jair Mendonça Jr.- Atarde