Por Igor Santos – Repórter da TV Brasil – Rio de Janeiro
Em uma decisão emocionante, o Bahia foi até Fortaleza, derrotou o Ceará por 2 a 1 e conquistou o quarto título da Copa do Nordeste em sua história. O Tricolor, que havia perdido a partida de ida por 1 a 0, só assegurou o trofeu depois de vencer também a disputa por pênaltis (4 a 2) e é agora, junto ao grande rival, o Vitória, o maior vencedor da história do torneio. Rodriguinho e Gilberto marcaram para o Bahia e Jael descontou para o Ceará. Todos os gols foram marcados no segundo tempo.
O Bahia entrou em campo precisando quebrar duas invencibilidades do rival para ser campeão: o Ceará nunca havia perdido uma partida de decisão da Copa do Nordeste para o Tricolor (venceu as quatro partidas das finais de 2015 e 2020, além do jogo de ida em 2021) e também não havia sido derrotado por ninguém na atual edição do torneio.
Necessitando da vitória, o time baiano procurou o gol no primeiro tempo, mas esbarrou no goleiro Richard, que fez pelo menos duas grandes defesas na etapa inicial.
Porém, na segunda metade, o Bahia encontrou melhor sorte. Aos 17 minutos, após consulta ao VAR, o árbitro Denis da Silva Ribeiro Serafim marcou pênalti depois de toque de mão do zagueiro Luiz Otávio. Um minuto depois, Rodriguinho cobrou e abriu o placar.
Aos 25, o Tricolor ampliou. A equipe saiu em contra-ataque rápido, Rodriguinho acionou Gilberto na direita, o atacante cortou para o meio e chutou no canto direito de Richard para fazer 2 a 0. Foi o oitavo gol de Gilberto, artilheiro isolado da Copa do Nordeste.
A partir deste momento, foi o Bahia que passou a se defender para segurar a vantagem, mas acabou sofrendo com o mesmo carrasco da primeira partida. Jael recebeu cruzamento de Marlon da direita e cabeceou para o fundo das redes, determinando o 2 a 1 e a decisão por pênaltis.
Matheus Teixeira volta a ser protagonista
O goleiro Matheus Teixeira já havia sido o heroi da classificação à final, ao defender duas cobranças de pênalti na semifinal contra o Fortaleza, no mesmo Estádio Castelão. Na hora decisiva, ele parou o chute de Jorginho, o segundo do Ceará. Marlon, pelo Vozão e Thonny Anderson, pelo Bahia, também desperdiçaram suas cobranças. O argentino Conti converteu a quinta e última cobrança do Tricolor e garantiu o título por 4 a 2. O Bahia quebrou a escrita contra o Ceará, derrubou a invencibilidade do adversário e de quebra se tornou o maior campeão da Copa do Nordeste, empatado com o Vitória, com quatro conquistas.
A nota triste ficou com a briga entre integrantes das duas equipes depois da partida, logo controlada por policiais e seguranças.