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O fim dos autos de resistência, classificação para os homicídios cometidos por policiais durante as ocorrências, voltou a ser debatido na Câmara dos Deputados, depois que o pacote de segurança pública entrou na pauta da Casa. Em discurso, nesta quinta-feira (9), o deputado Bacelar (Podemos-BA) reafirmou a posição favorável ao fim dos autos de resistência e pediu mais rigor nas investigações dos assassinatos que envolvem policiais.

Segundo o parlamentar, em 2016 foram registrados 60 mil homicídios e 16% desse total tinham como autores policiais. “ É uma atividade perigosa, desgastante, mas nossos policiais são os que mais matam no mundo. O que venho questionar não são os desafios da profissão, mas sim a ideologia da morte. Nossos jovens negros que moram na periferia estão sendo exterminados por policiais e é isso que temos que investigar mais. Nossa justiça é lenta, falha e impune. Não podemos acabar assim”, protestou.

O projeto de lei que proíbe a saída de presos condenados pelo assassinato de policiais também foi questionado por Bacelar. “Apresentei um projeto que trata sobre esse tema. Bandidos que matam policias terão penas mais duras? E os que cometem crimes hediondos? E os que são reincidentes? Isso está errado. Entendo que sair da prisão é importante para a ressocialização, mas se aproveitar da situação para voltar a cometer crimes é inaceitável”.

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