Os trabalhadores de empresas estatais, como Caixa, Banco do Brasil, BNDES, Petrobras e Correios, seguem preocupados com os ataques do governo direcionados aos planos de saúde. A mobilização nacional dos empregados ganhou força nesta quarta-feira (25/07). Em Salvador, o Sindicato dos Bancários da Bahia realizou ato que chamou atenção da população e funcionários na agência da Caixa das Mercês.
Foram apresentados os principais prejuízos da resolução 23 da CGPAR, como a redução do custeio das estatais em relação aos benefícios de assistência à saúde dos empregados. Com as mudanças, a intenção do governo é clara. Enfraquecer as empresas públicas para privatizar.
No caso da Caixa, se as resoluções forem implementadas e as mudanças no estatuto da empresa mantidas, ficará o limite de 6,5% da folha de pagamento para participação do banco nas despesas com o Saúde Caixa. Quer dizer, ficará cada vez mais caro e excludente. “Não vamos deixar isto acontecer. Nossa luta não vai parar. Este não é o primeiro nem o último ato em defesa das estatais, em consequência os planos de saúde do funcionalismo”, destacou o presidente licenciado do Sindicato da Bahia, Augusto Vasconcelos.
Ainda ressaltou que nas negociações da campanha salarial o banco diz que não vai tratar sobre as assistências médicas nos acordos coletivos. A possibilidade de a Caixa extinguir o plano para os aposentados preocupa. “O plano de saúde é uma conquista de toda classe trabalhadora e é um instrumento que dignifica todos os segmentos geracionais”, ressaltou a secretária geral da Associação dos Aposentados da Caixa da Bahia, Lúcia Guedes.
A união e resistência dos empregados contra os ataques aos planos de saúde foram destaque durante os protestos. Representantes das Agecef (Associação dos Gestores da Caixa) Bahia e Apcef (Associação do pessoal da Caixa Econômica Federal) e da Associação dos Aposentados da Caixa da Bahia reafirmaram a importância da participação da categoria.