Facebook
Twitter
Google+
Follow by Email

A alegria e o orgulho em reverenciar a Independência do Brasil na Bahia voltou a tomar conta das ruas do Centro Histórico em Salvador, neste sábado (2), depois de dois anos de suspensão do tradicional cortejo, devido à pandemia de Covid-19. Desde a alvorada de fogos, às seis da manhã, a população começou a se concentrar no Largo da Lapinha, ponto de partida dos festejos, e esteve em peso durante toda a primeira parte do percurso, até a Praça Municipal.

O presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, destacou que a festa deste ano é uma prévia da grande celebração a ser realizada em 2023, quando o 2 de Julho completará 200 anos. “É uma festa que o baiano adora, importantíssima para a nossa identidade. A gente volta saudando a formação da memória da cidade a partir desta data, que emociona a todos”.

Moradora do entorno, a promotora de eventos Bárbara Lima, de 45 anos, afirmou que nem dormiu de ansiedade. “Agora podemos andar livremente, ter a aproximação das pessoas de novo. Essa retomada é importante. Faço questão de vir todos os anos para comemorar e cheguei cedo para não perder o horário”.

Representando os Guaranis de Itaparica, que participam dos festejos há mais de oito décadas, 18 índios estiveram presentes no cortejo. Há 55 anos, Rildo Peixoto desfila com o grupo na data cívica. “Estou muito feliz e me sentindo bem de estar aqui. Fazemos essa puxada do carro do caboclo e esse desfile, homenageando os 199 anos de festa. A emoção é grande, uma satisfação enorme representar nosso povo neste evento”.

Já a Associação de Capoeira Angola apresentou a tradicional roda com a presença de mais de 20 integrantes. O contramestre Toureiro, codinome de Edmilson Veloso, é um dos mais novos do grupo, tendo desfilado durante seis anos no evento. “Retornar hoje é muito gratificante para nós, me emociono e me arrepio. O Dois de Julho representa um legado grande, de geração para geração, e a cada ano aprendo mais na celebração”.

Além da presença de políticos e autoridades, o trajeto contou ainda com o retorno da decoração da fachada das casas, das apresentações culturais e até mesmo de crianças e adultos caracterizados como os heróis da Independência do Brasil na Bahia. Ao final, os carros do Caboclo e da Cabocla chegaram à Praça Municipal e ficaram à exposição do público para a retomada do cortejo, no período da tarde.

Programação – Ainda neste sábado (2), a partir das 14h, a segunda parte da caminhada segue com a presença de fanfarras e grupos culturais em direção à Praça 2 de Julho, no Campo Grande, No local, a pira do Fogo Simbólico será acesa por Hebert Conceição, campeão olímpico de boxe. O momento é acompanhado pelo hasteamento das bandeiras, a deposição de flores no Monumento ao 2 de Julho e a execução do hino nacional e do Estado da Bahia, com a presença do prefeito Bruno Reis e demais autoridades.

Em seguida, às 17h30, o público pode prestigiar o XXXI Encontro de Filarmônicas sob a regência do maestro Fred Dantas. O tradicional evento musical congrega distintas filarmônicas da Bahia, em um momento de saudação ao 2 de Julho.

Demais atrações – No domingo (3), às 17h, ainda no Campo Grande, o cantor Gerônimo apresenta um repertório especial em celebração à data. Na sequência, às 19h, a Orquestra do Maestro Fred Dantas promove o Baile da Independência, que promove uma ambiência dos tradicionais bailes com quermesse.

Por fim, na terça-feira (5), às 18h30, os carros emblemáticos do Caboclo e da Cabocla retornam ao Pavilhão, no trajeto que parte do Campo Grande à Lapinha. Estão previstas a participação da Orquestra do Maestro Reginaldo de Xangô, fanfarras e grupos culturais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

You may also like