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IMG_9049Com os cemitérios públicos de Salvador lotados, a população carente que não tem condições de sepultar seus entes queridos está sem saber o que fazer.  As pessoas que já sofrem com a perda de parentes e, sem recurso financeiro, ainda precisam peregrinar pela cidade para conseguir uma vaga para sepultamento. Pelo menos é o que afirma o vereador Euvaldo Jorge, que recebeu denúncia de moradores do bairro de Pirajá, que não conseguiram enterra um integrante da família por falta de vaga no cemitério. “Fui ao cemitério para verificar essa situação e para a minha surpresa encontrei no local 52 gavetas prontas para uso, faltando apenas a prefeitura autorizar. Enquanto isso não tem mais vaga para nenhum sepultamento. O coveiro me disse que o Cemitério de Brotas está passando pela mesma situação, novas gavetas sem ser utilizadas. Plataforma e Itapuã também. São mais de duzentas gavetas prontas sem uso”, denuncia Euvaldo.
O problema deveria ter sido resolvido ano passado, quando através de um Termo de Acordo de Compromisso (TAC) com o Cemitério Parque de Salvador Ltda, foi determinada construção das novas carneiras (gavetas) nos cemitérios municipais de Plataforma (102); Itapuã (48); a adição de 52 gavetas e adequações na administração, capela e sanitário no cemitério de Pirajá; e mais 48 gavetas no cemitério de Brotas. De acordo com o parlamentar, a Secretaria de Ordem Pública deve autorizar o uso das novas gavetas. “Eu peço ao prefeito ACM Neto que se sensibilize com a causa. Estamos falando de pessoas que estão fragilizadas pela perda de seus entes queridos e só querem um espaço para sepultá-los. As gavetas já estão prontas, só precisamos da autorização da prefeitura”, disse o vereador.
A Secretária da pasta, Rosemma Maluf, no entanto, negou que esteja faltando vaga para enterro nos cemitérios públicos do município, mas confirmou a existência das novas gavetas. “Muitas vezes as pessoas querem enterrar seu parente no cemitério próximo de casa, e nem sempre tem vaga disponível no cemitério escolhido, mas sempre há vaga em outros locais. Sobre as gavetas, foram 250 gavetas que construímos através do TAC firmado com o Cemitério Bosque da Paz, e elas estão sendo incorporadas ao patrimônio público, para então poderem ser liberadas”, explicou Rosemma. A secretária também anunciou a criação  de uma Central de Velórios para acabar com a peregrinação das pessoas pelos cemitérios da cidade. “Assim que a Central estiver disponível, no caso de falecimento, o responsável vai ligar para essa central e ela dirá onde há vaga disponível para o enterro”, disse a secretária.  

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