“O sistema financeiro está doente”. Assim avalia o deputado federal José Carlos Aleluia a discrepância entre a taxa básica em queda praticada pelo Banco Central e os escorchantes juros cobrados pelos bancos a pessoas físicas e jurídicas, que chegam a ultrapassar os três dígitos no ano.
“Essa agiotagem é um crime que inviabiliza a abertura e a sobrevivência dos negócios no País. É preciso rever o sistema financeiro brasileiro”, afirma o parlamentar, que pretende levantar a questão no Congresso Nacional em busca de uma solução para o problema.
Aleluia assinala que o custo alto do crédito impacta principalmente a população de baixa renda. “De acordo com o Banco Central, 61% dos tomadores de empréstimos ganham até três salários mínimos. Já passou da hora de se adotar medidas eficazes para reduzir o spread bancário”.
“Além de estimular a concorrência bancária, é preciso instituir de verdade o cadastro positivo para que os bons pagadores não sejam prejudicados pelos maus”, diz Aleluia, explicando que spread bancário é a diferença entre o que os bancos pagam na captação de recursos e o que eles cobram ao conceder um empréstimo para uma pessoa física ou jurídica.