Em pronunciamento, o deputado federal Jorge Solla (PT-BA), coordenador da bancada do PT na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, criticou a proposta do ministro da Saúde, Ricardo Barros, de acabar universalidade do SUS, tornada pública em entrevista ao Jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira (17)
“Desde que acompanho a história da saúde pública, é a primeira vez na história que alguém senta naquela cadeira e em vez de pedir mais recursos, fala em redução de oferta de serviços e custos. É uma estupidez que um ministro de estado dizer que uma política pública tem que ser reduzida para caber no orçamento que a elite brasileira quer disponibilizar para a população”, disse.
“Só quem assumiu de forma indireta, sem o voto, teria a ousadia de tentar implementar uma agenda como essa. SUS é a política pública mais importante que garantimos na Constituição. Não vamos admitir perder a universalidade e a integralidade do SUS. Não é saída tirar contingente de usuários do SUS. Acabar universalidade do SUS seria o maior golpe de Temer em nossa democracia”, complementou.
“Dizer que tem fraudes, tem que comprovar. Dizer que tem fraudes no cartão do SUS é de um total desconhecimento de causa. O fato de ter cartões excedentes é simplesmente porque não tivemos recursos para criar um sistema unificado, e o cidadão que não encontra atendimento em seu município precisa fazer outro cartão para encontrar atendimento em outra cidade. Precisamos sim de mais recursos, para por exemplo fazer a integração do sistema. Essa alegação de fraude é pretexto para realizar cortes”, afirmou o petista.